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Seg, 15 Maio 2023 11:58

Diploma com amor de mãe

A Unifor é espaço para encontro de gerações! Em homenagem ao Dia das Mães, contamos histórias de mulheres que passaram pela instituição e dividem a rotina com os filhos até na Universidade


A administradora Laenia Benassi, egressa da Unifor, divide memórias no campus com a filha Lara Benassi, aluna de Nutrição, desde que ela nasceu (Foto: Ísis Rebouças)
A administradora Laenia Benassi, egressa da Unifor, divide memórias no campus com a filha Lara Benassi, aluna de Nutrição, desde que ela nasceu (Foto: Ísis Rebouças)

Ainda na infância, o primeiro dia de aula é memória guardada por muita gente. Um rito de passagem: por vezes, é a primeira separação, mesmo que por algumas horas, entre mãe e filho. O choro e o abraço apertado. Você lembra? Nada disso é unanimidade, mas a cena ilustra uma vivência comum quando o assunto é maternidade. Com o tempo, a tal sensação de separação cai por terra, porque a presença se ressignifica, mas permanece. Da escola à graduação.

Na Universidade de Fortaleza (Unifor), mantida pela Fundação Edson Queiroz, ela perdura de múltiplas formas — todas igualmente especiais. No campus, não é difícil se deparar com mães, alunas ou egressas da instituição, que dividem o ambiente acadêmico com filhos e filhas, também estudantes em formação.

Ouvir algumas das histórias é ver, na prática, como a Unifor é espaço de encontro de gerações. As relações familiares estão também nas rotinas compartilhadas, nos exemplos que os mais jovens têm como espelho e nos sonhos profissionais compartilhados para depois da tão desejada formatura. Em homenagem ao Dia das Mães, o Unifor Notícias Mobile mostra que, por aqui, o campus está todo dia cheio de amor de mãe.

Na Unifor desde a infância

Quem vê com atenção a administradora Laenia Benassi ao lado de Lara Benassi em um dos bancos do campus logo constata que, apesar dos cabelos diferentes, alguns traços em comum revelam que são mãe e filha. A jovem de 21 anos, aluna do curso de Nutrição da Unifor, é uma das duas “crias” da analista de Gente e Gestão no setor de Recursos Humanos da instituição.

A Universidade, para Laenia, é como uma segunda casa. Colaboradora da Unifor há 13 anos, foi também aqui que concluiu a graduação em Administração em 2015 e, três anos depois, tornou-se especialista em Psicologia Organizacional do Trabalho. 

Os valores aprendidos como estudante — dentre os quais destaca o cuidado com as pessoas, além de respeito, ética e profissionalismo — a administradora não apenas aplica no trabalho diário, mas repassa como lição para a filha.


“A Unifor fez parte da vida das minhas filhas desde que eram crianças até hoje, com a Lara sendo estudante”Laenia Benassi, mãe de Lara, administradora e analista de Gente e Gestão

“Tenho várias memórias boas daqui. A mais marcante é de quando costumava trazer minhas filhas ainda pequenas para as comemorações que tínhamos no campus”, conta. Espetáculos no Teatro Celina Queiroz e atividades de colônia de férias fazem parte das recordações em família. Com a individualidade de cada uma, outras são criadas até hoje. 

Dividir a rotina

Os espaços favoritos no campus, por exemplo, são diferentes. Laenia gosta de ver exposições em cartaz no Espaço Cultural Unifor e considera as fontes espalhadas pelo campus “um charme à parte” no dia a dia na Universidade. Já Lara, ainda na graduação, aponta a Biblioteca Central como um dos locais que mais gosta de frequentar. 

As duas, porém, compartilham a rotina na Unifor para além disso. No tempo valioso de diálogo entre mãe e filha, as aulas do curso sempre são assunto. Para a jovem, dividir as vivências universitárias com sua figura materna é essencial.

“Tê-la como minha conselheira tanto da vida pessoal como da acadêmica me possibilita um grande crescimento. Gosto de falar com ela sobre as aulas, as práticas que acontecem no laboratório dietético e as diversas palestras que temos oportunidade de assistir”, cita a futura nutricionista.

Para Lara, é “gratificante” estudar na mesma instituição que formou a mãe. Afinal, não é apenas Laenia que coleciona memórias de outras fases da vida na Universidade de Fortaleza.


“Desde pequena, tive a oportunidade de visitar o campus e conhecer um pouco mais da Universidade. Estar aqui agora, na minha graduação, e compartilhar com ela essa experiência é muito especial para mim”  — Lara Benassi, filha de Laenia e aluna do curso de Nutrição da Unifor

Possibilidades compartilhadas

No quinto semestre do curso de Nutrição, a estudante se vê encantada pelas diversas possibilidades de atuação profissional na área. A escolha, que veio da vontade “de ajudar as pessoas por meio de algo tão simples, mas tão complexo ao mesmo tempo, que é o alimento”, ela reafirma a partir de vivências marcantes já acumuladas durante a graduação.

Entre elas está o acompanhamento de atendimentos nutricionais de pacientes do Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI). “A possibilidade de colocar em prática o que aprendemos durante as aulas e auxiliar os pacientes é algo único”, ilustra. 

Diante disso, Lara já tem aspirações profissionais: “Gostaria de ajudar, por meio da minha profissão, quem busca uma melhor relação com os alimentos; possibilitar o acesso e o direito à alimentação de qualidade para as pessoas e ter a oportunidade de impactar positivamente a vida delas por meio da nutrição”.

A mãe, com orgulho, sonha junto da filha. “Imagino a Lara sendo uma profissional ética, comprometida e realizada com a sua profissão”, resume Laenia, que também inclui na lista de desejos para a mais velha das duas “crias” uma vivência internacional.

Espelho de atuação na saúde

Na relação de Larissa Hortencio, 23 anos, aluna da graduação em Medicina, e da mãe, Danielle Hortencio, fisioterapeuta e também colaboradora da Unifor, as coincidências são muitas. Tanto que as duas escolheram a saúde como área de atuação.

Além disso, assim como no caso de Lara, para a futura médica, a instituição foi ambiente familiar desde cedo. Isso porque Danielle, além de egressa, trabalha na Unifor desde 1994, logo após sua formatura no ano anterior.


Larissa Hortencio, aluna do curso de Medicina, divide o amor pela área da saúde com a mãe Danielle Hortencio, egressa de Fisioterapia da Unifor (Foto: Ares Soares)

“Até brinco com as minhas amigas dizendo que nasci dentro do NAMI”, conta a jovem. “Então, para mim, é muito natural conhecer as pessoas e os espaços. Sempre estive muito familiarizada com o ambiente, já que desde criança venho acompanhá-la nas férias, tratar algumas lesões, participar de eventos, tomar vacinas”, lembra.

No NAMI, onde Larissa tem memórias desde a mais tenra infância, Danielle é responsável técnica do Setor de Fisioterapia. Além disso, trabalha na atenção primária em saúde na rede municipal de saúde de Fortaleza.

Fases da vida na Unifor

Do início da graduação para se tornar fisioterapeuta, em 1988, até hoje, quando segue contratada como colaboradora do Núcleo, já se vão 35 anos vivenciando diversas fases da vida na Unifor, inclusive a maternidade.


“A Unifor é minha segunda casa. Estou todos os dias na Universidade desde o início da minha formação, seja como aluna, profissional ou mãe”Danielle Hortencio, mãe de Larissa e responsável técnica do Setor de Fisioterapia do NAMI

Viver a Universidade ao mesmo tempo que a filha, já adulta, é uma alegria para Danielle. Larissa concorda: diz que revisitar o mesmo lugar sob uma nova ótica é ainda mais especial, especialmente tendo a oportunidade de esbarrar com a mãe nos corredores de vez em quando. 

“Adoro compartilhar as minhas vivências com minha mãe. Tivemos alguns professores de anatomia em comum, e é muito bom poder conversar e trocar experiências com ela sobre tudo que vivencio no curso”, relata.

Inspirações de família

Na medicina, a estudante teve exemplos inspiradores em casa antes mesmo de iniciar a graduação — o avô, um tio e um primo-irmão, todos médicos. Com eles, diz ela, aprendeu sobre dedicação à área e ao cuidado com os pacientes.

Embora a formação de Danielle seja em fisioterapia, Larissa também se espelha na mãe para se tornar a profissional que deseja ser. “A mamãe é uma inspiração de amor e cuidado com os pacientes. Dedica tudo de si em cada atendimento e sempre trata com muito carinho cada pessoa que vai até ela”, reconhece.


“Minha mãe me inspira como mãe e como profissional, porque faz tudo com muito amor, se doa por inteiro em tudo que se propõe a fazer. Dá 100% de si”Larissa Hortencio, filha de Danielle e aluna de Medicina da Unifor

O objetivo após a formatura, portanto, é também seguir os passos de quem a ensina desde sempre. “Acho que a meta de todo profissional da saúde, e principalmente dos médicos, deve ser se tornar um profissional humano, que escuta e acolhe as dores e queixas do seu paciente e procura ajudá-lo da melhor forma, sempre pautado na medicina baseada em evidências e na ética profissional, além de estar sempre atualizado nas novidades da área”, diz.

Danielle, que se apaixonou pela profissão de fisioterapeuta ainda na Universidade a partir das práticas acadêmicas que lhe permitiram ter contato direto com pessoas a quem pode ajudar, vê na filha uma futura médica “humana, atenciosa, dedicada e com o coração sempre disposto a ajudar”. 

Além do sonho da formatura e da residência médica, porém, há outro que a mãe divide com a filha: o de, no futuro, quem sabe, trabalharem juntas. Prova de que o amor de mãe permanece. Na Universidade e além.

Como foi se tornar mãe?

  • Laenia Benassi, mãe da Lara e Lívia


“Fui mãe pela primeira vez aos 25 anos. Foi uma experiência cheia de desafios e entregas, mas maravilhosa! É um momento em que percebemos como você também é a vida de alguém. Um amor incondicional”

  • Danielle Hortencio, mãe de Larissa, Diego e Thiago


“Foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Ser mãe me transformou em uma pessoa melhor e em uma profissional mais dedicada. Tinha 28 anos quando a Larissa nasceu. Ser mãe era o meu sonho. Meus filhos me inspiram e me tornam uma pessoa melhor todos os dias”