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Seg, 7 Novembro 2022 19:18

Jovens pesquisadores

Na Unifor, alunos e professores produzem conhecimento nas mais diversas áreas e Encontros Científicos coroam o estímulo constante à pesquisa e à docência, da graduação até a pós-graduação


Tainah Sales, Letícia Keroly, Vitória Daphny e Mariana Figueiredo são algumas das pesquisadoras que participaram dos Encontros Científicos Unifor 2022 (Fotos: Ares Soares)
Tainah Sales, Letícia Keroly, Vitória Daphny e Mariana Figueiredo são algumas das pesquisadoras que participaram dos Encontros Científicos Unifor 2022 (Fotos: Ares Soares)

Há uma fábrica de conhecimento operando a todo vapor entre os diversos blocos da Universidade de Fortaleza, instituição vinculada à Fundação Edson Queiroz. Da graduação à pós-graduação, alunos e professores são frequentemente estimulados a pesquisar e a fazer ciência. A Unifor oferece grupos e bolsas de pesquisa, monitorias, oportunidades de publicação e uma série de outros estímulos para quem quer seguir a vida acadêmica.

Aqui se formam produtores de conhecimento nas mais diversas áreas, coroados anualmente nos chamados Encontros Científicos (confira os resultados da última edição no link). O evento é uma verdadeira celebração da pesquisa, onde os participantes têm a oportunidade de apresentar seus trabalhos, deixar a solidão que às vezes toma os estudos para ouvir sugestões de seus pares e compartilhar experiências valiosas com pesquisadores da Unifor e de outras instituições cearenses. 

É como se os Encontros Científicos fossem um grande mural com os resultados de pesquisas desenvolvidas numa Universidade comprometida com a ciência. Sob o guarda-chuva deste grande acontecimento, ocorrem os Encontros de Iniciação à Pesquisa; de Pós-Graduação e Pesquisa; de Iniciação à Docência; e de Práticas Docentes.

Ao todo, 15 participantes são premiados nos primeiros lugares, divididos em cinco eixos temáticos: Ciências Jurídicas, Ciências Exatas e Tecnológicas, Ciências da Vida, Ciências Humanas e Ciências Sociais Aplicadas.

+ Tudo o que você precisa saber sobre os Encontros Científicos Unifor

O gostinho de ser pesquisadora já na graduação

E não precisa de largos anos de experiência para ser pesquisador. Desde a graduação, os alunos da Unifor são estimulados a dar seus primeiros passos rumo à produção de conhecimento. É o caso, por exemplo, de Mariana Figueiredo, aluna do oitavo semestre do curso de Fisioterapia e bolsista do Programa de Bolsas de Iniciação Científica (PROBIC/FEQ/UNIFOR).

Ela venceu na categoria “Ciências da Vida”, do Encontro de Iniciação à Pesquisa deste ano, com um trabalho que avalia a qualidade do sono dos estudantes de Fisioterapia e a associa ao desempenho acadêmico deles. “Pela pesquisa, vimos que há uma influência direta. Conseguimos realizar uma pesquisa significativa e agora queremos expandir este estudo por toda a Unifor”, conta.


“É maravilhoso participar dos Encontros Científicos. A gente consegue sair das nossas caixinhas e ver as produções feitas em todos os outros Centros (de Ciências). É um momento em que a gente consegue olhar a pesquisa em várias áreas pela experiência do outro”Mariana Figueiredo, aluna do curso de Fisioterapia

Com vários parentes pesquisadores, Mariana já nutria interesse pelo mundo acadêmico antes mesmo de entrar na Universidade. Mas, ao ingressar na Unifor, ela conta que viu professores incentivando fortemente a pesquisa e as oportunidades de bolsas de monitoria e iniciação científica, que abriram seu pensamento. “Consegui a bolsa de iniciação e foi tudo muito enriquecedor. Isso fez com que eu tivesse o gostinho do que é ser pesquisadora”, diz.

+ Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica é oportunidade para despertar vocação entre estudantes

Na monitoria, um mergulho para estudar o mundo das startups

Um sentimento parecido teve a estudante da graduação em Comércio Exterior e monitora do Núcleo de Práticas em Comércio Exterior (Nupex), Vitória Daphny. Ela foi a vencedora do Encontro de Iniciação à Docência deste ano no eixo “Ciências Sociais Aplicadas” ao apresentar um artigo sobre a experiência do Nupex e a internacionalização de startups

“A nossa intenção foi analisar os benefícios para as empresas e para os alunos que participam do Núcleo. As empresas recebem esse plano [de internacionalização] e os alunos desenvolvem habilidades e competências. Avançamos para entender metodologias inovadoras de ensino”, explica.

Vitória participou dos Encontros Científicos por meio do Programa de Monitoria Acadêmica, mais uma oportunidade que a Universidade oferece para quem sonha um dia ser professor universitário ou pretende iniciar uma carreira na pesquisa científica. Para a monitora, a experiência expandiu sua visão sobre a pesquisa acadêmica e a deixou com mais vontade de se aprofundar na área.


“Na monitoria, a gente tem a oportunidade de ter experiência real de docência, e isso é muito valioso. Eu me sinto bem dentro do lema da Universidade: ensinando e aprendendo. Aqui tenho uma grande oportunidade de troca de conhecimento. E a experiência com a pesquisa tem despertado em mim o desejo de conciliar a carreira empresarial com a docente”Vitória Daphny, aluna da graduação em Comércio Exterior

Para Vitória, a Unifor dá, desde cedo, todas as ferramentas necessárias para o estudante ingressar na pesquisa acadêmica – seja com uma biblioteca física e digital robusta ou com professores capacitados, bolsas, monitorias, grupos de pesquisa e muitas oportunidades de publicações.

+ Conheça a Monitoria Unifor e seus benefícios

No mestrado, pesquisa para resolver problema sociais e entrar na docência

Os alunos de mestrado também cravaram seu espaço com valiosas contribuições para as pesquisas desenvolvidas constantemente na Unifor e, por isso, também estão entre os agraciados pelo Encontro de Pós-Graduação e Pesquisa. “É um momento pra gente apresentar nossos trabalhos, mas também debater com outras pessoas e aprender novas temáticas”, define Letícia Keroly, arquiteta e aluna do Mestrado em Psicologia da Unifor.


“A Unifor tem laboratórios e grupos de pesquisa que nos estimulam muito a fazer pesquisa, além de investir para que tenhamos a possibilidade de publicar. No mestrado, a gente tem a oportunidade de fazer estágios de docência obrigatórios e voluntários. É mais uma chance para publicarmos nossas experiências”Letícia Keroly, mestranda no curso de Psicologia

Letícia participou pela segunda vez dos Encontros Científicos e, neste ano, conquistou o primeiro lugar na categoria “Ciências Exatas e Tecnológicas” com um artigo que traz recomendações sensoriais para projetar ambientes de atendimento especializado a adultos autistas. 

A temática de conforto ambiental a acompanha desde o trabalho de conclusão de curso da graduação, mas agora ela vem aprofundando seus estudos no mestrado. Neste caminho, a arquiteta conta que aproveita ao máximo os inúmeros estímulos da Unifor para publicar artigos. Foram nove apenas neste ano!

O que teve mais destaque foi justamente a pesquisa voltada a ambientes para pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). Ao estudar como o local pode interferir na percepção delas, a mestranda identificou alguns padrões no mar de diversidade entre os pacientes. Assim, sugeriu no trabalho uma série de mudanças no ambiente para melhorar a atenção a esses indivíduos. Animada com as possibilidades para crescer como pesquisadora que vivencia cotidianamente a Unifor, Letícia espera seguir a carreira acadêmica e ensinar.

+ Quero fazer pesquisa!

Aqui temos centenas de bolsas e editais

O responsável pela Vice-Reitoria de Pesquisa (VRP), Milton Sousa, destaca que a Universidade de Fortaleza realiza uma série de ações de fomento à pesquisa. Para além dos editais de iniciação científica com bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), a própria Fundação Edson Queiroz custeia outras bolsas de pesquisa, dobrando as possibilidades para os alunos da Unifor. Ao todo, são cerca de 220 bolsas oferecidas todo ano.

Além disso, um edital de financiamento para equipes de pesquisa é lançado todo ano. Por meio dele, os docentes têm acesso a um recurso de custeio para devolver a sua pesquisa. Também há apoio financeiro para o pagamento de taxas de publicação e tradução de artigos científicos, encontros e revistas científicas, bolsas de mestrado e doutorado. Os professores costumam ser premiados conforme critérios que vão de publicações a patentes. Há ainda o Programa de Horas-Pesquisa para docentes doutores. A lista é longa.


“Os professores estão trabalhando sempre na fronteira do conhecimento e levam isso para a sala de aula. Temos pesquisa em todos os níveis, da graduação passando pelo mestrado acadêmico, pelo mestrado profissional, pelo doutorado. Levamos um conhecimento de ponta para a sala de aula”Milton Sousa, Vice-Reitor de Pesquisa

O rol de estímulos à pesquisa na Unifor atinge todos os níveis, mas não só com bolsas. Há, por exemplo, missões internacionais em que o aluno pode pesquisar no exterior por um período.

Além disso, a Universidade se prepara para lançar neste mês de novembro uma trilha de qualificação de iniciação científica, que deverá durar todo o ano de 2023, com uma série de workshops, palestras e capacitação para alunos de graduação e da iniciação científica. As inscrições poderão ser feitas conforme a realização dos eventos, ao longo do ano.

O resultado de tantas ações tem sido uma série de publicações no exterior. Tanto alunos quanto professores da Universidade estão publicando e sendo citados em periódicos estrangeiros. Isso tem ajudado a colocar a Unifor no topo de uma série de rankings de educação internacionais.

+ Conhecimento a todo vapor! Pesquisas da Unifor chegam cada vez mais longe

Não foi à toa que a Unifor conquistou neste ano o feito de ser a segunda universidade do país com o maior número de citações acadêmicas, de acordo com o mais importante ranking educacional do mundo: o Times Higher Education (THE). Esta é mais uma demonstração da qualidade e da relevância do conhecimento gerado na academia. A entidade britânica avaliou 70 instituições brasileiras, entre 1.662 universidades de 99 países. 

“Quando você tem um artigo citado, isso quer dizer que sua pesquisa é importante, é útil e tem valor. Então a pesquisa é muito importante neste aspecto de posicionamento da Universidade, de criação de conhecimento em si. Nossos professores não só reproduzem conhecimento, eles geram conhecimento e isso faz toda a diferença na formação do aluno”, explica Milton Sousa.

Estímulo para pesquisar da discência à docência 

A professora do Centro de Ciências Jurídicas da Unifor, Tainah Sales, é um exemplo de como o incentivo à pesquisa acompanha todas as pontas dos cursos oferecidos na Universidade. Hoje ela coordena um grupo de pesquisa sobre jurisdição constitucional e política e faz pós-doutorado em Direito Constitucional, mas sua história com a pesquisa começou ainda na graduação.

Ela já participava de encontros científicos, ganhava prêmios e era bolsista no comecinho da vida acadêmica, na Unifor. “Iniciei como pesquisadora voluntária de um grupo de pesquisa e depois, diante do desempenho e do interesse na pesquisa, passei a ser bolsista de iniciação científica. Desde então participo de encontros de pesquisa da Universidade”, lembra.

Tainah acredita que a experiência com a produção de artigos científicos estimulada pela Unifor é importante não apenas para quem quer seguir a vida acadêmica como ela, mas também para quem quer atuar como advogado. Isso porque, segundo ela, a experiência traz, além de conhecimento técnico, habilidades de argumentação e oratória.


“A pesquisa vai além do conhecimento técnico e é importante mesmo que o aluno não tenha interesse específico em seguir a carreira acadêmica”, defende Tainah (Foto: Ares Soares)

Agora, no lugar de professora, ela diz se sentir constantemente estimulada pela instituição a seguir produzindo conhecimento. “A Unifor sempre teve uma preocupação com a pesquisa, e posso falar isso como aluna e professora. Nós temos incentivos até com promoção por produtividade, publicações, premiações e editais de horas de pesquisa”, conta.

Tainah participou dos Encontros Científicos de Práticas Docentes deste ano no eixo “Ciências Jurídicas”, com um projeto escrito junto com a estudante Bianca Mota sobre os impactos do teletrabalho em professoras do curso de Direito da Unifor durante a pandemia. Para ela, o evento é um grande momento para celebrar a pesquisa.


Adriana Rolim, coordenadora de Pesquisa da Vice-Reitoria de Pesquisa (Foto: Ares Soares)

A coordenadora de Pesquisa da Vice-Reitoria de Pesquisa e docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas da Unifor, Adriana Rolim, concorda. Para ela, o principal objetivo de um evento como os Encontros Científicos é divulgar resultados de pesquisas desenvolvidas na Universidade de Fortaleza, além de promover a integração ensino pesquisa entre os corpos discente e docente. 

“O Encontro de Iniciação à Pesquisa é muitas vezes a primeira oportunidade que o aluno tem de apresentar seus resultados. É um evento muito importante não só para a divulgação da pesquisa, mas como treinamento de estudantes em comunicação científica”, finaliza