null Negócios sem fronteiras: o potencial do Comércio Exterior

Seg, 17 Janeiro 2022 12:26

Negócios sem fronteiras: o potencial do Comércio Exterior

Nota máxima no MEC, curso de Comércio Exterior da Unifor prepara profissionais de excelência para a internacionalização dos negócios 


Profissionais de Comércio Exterior são responsáveis pela importação e exportação de produtos (Foto: Getty Images)
Profissionais de Comércio Exterior são responsáveis pela importação e exportação de produtos (Foto: Getty Images)

Por terra, água ou ar, a comercialização de produtos ou serviços entre diferentes países é a faceta mais risonha da globalização. Invencível em seu poder de apagar fronteiras, a aldeia global não só tem tornado o mundo corporativo cada vez mais competitivo como irreversivelmente aberto às operações de importação e exportação. Com nota máxima no MEC, o bacharelado em Comércio Exterior da Universidade de Fortaleza, instituição ligada à Fundação Edson Queiroz, faz jus ao cenário global de internacionalização dos negócios e prepara o futuro profissional de COMEX para lidar com questões tributárias, comerciais, financeiras e aduaneiras. 

“O estudante ou futuro profissional de Comércio Exterior é um especialista em gestão de negócios, alguém apto a trabalhar com gerenciamento de processos de compra e venda de produtos e serviços entre empresas e governos, além de exercer funções gerenciais para os setores público e privado. Precisa entender sobretudo como se dão as relações aduaneiras e de câmbio no mercado financeiro internacional e para isso tem que ser instrumentalizado nas áreas de logística, marketing internacional, economia e gestão, entre outras. Também é importante, claro, ter o domínio da língua estrangeira e da cultura dos diversos povos. Daí porque a Unifor oferece disciplinas em inglês, além de intercâmbios, dupla titulação internacional e dupla graduação”, Alexandra Siebra, coordenadora da graduação em Comércio Exterior da Universidade de Fortaleza. 

Importar e exportar, eis a questão além-mar. Como é da natureza do próprio curso, o aluno de COMEX olha para fora e mira longe. Na Unifor, o alvo pode ser a dupla titulação, agregando ao bacharelado o título de Gestão Internacional em Deggendorf, na Alemanha (Institute of Technology) ou Marketing Internacional em Paris (Novancia Business School). Se esticar mais um ano na graduação em COMEX também sai com título em Ciências Econômicas. Para tanto, pode assistir aulas presenciais, à distância ou híbridas. Tudo porque hoje a Unifor garante infraestrutura e alta tecnologia para que qualquer modalidade faça valer a excelência do ensino, apostando ainda na autonomia dos estudantes para compor trilhas de formação alinhadas aos seus interesses específicos.

Poliglota, a graduação em COMEX também conversa com os novos tempos. “A Indústria 4.0 é a realidade do nosso aluno e há muito ele tem sido levado a trabalhar com Big Data e Data Science. Tudo isso foi intensificado pós pandemia da Covid-19 e mesmo durante o período em que as aulas eram totalmente online foi possível lançar disciplinas-desafios, simulando ambientes de negócios internacionais através do uso de softwares. O esforço era para manter a aposta na teoria aplicada, aquela que propõe caminhos para o enfrentamento de contextos de crise e soluções para as demandas de mercado a partir de problemas reais”, observa Alexandra.

Foco no aprender fazendo. É no Núcleo de Práticas em Comércio Exterior – NUPEX que a realidade do mercado melhor se apresenta aos alunos e alunas do COMEX. Sob a supervisão de quatro professores, o espaço faz as vezes de laboratório, convocando os discentes a trabalhar em equipe e abraçar projetos de exportação/importação ou planos de internacionalização para micro, pequenas e médias empresas que se tornam parceiras da Unifor. Atraindo as parcerias e coordenando a linha de frente dos trabalhos, a professora Mônica Luz não tem dúvida de que esse é o momento mais aguardado da graduação. 

“O NUPEX proporciona aos discentes a oportunidade de conhecer a fundo o funcionamento de empresas locais de destaque que buscam a conexão com o mercado internacional. Então é nítida a empolgação. Eles vestem a camisa como se o negócio fosse deles, se esforçam ao máximo, e não só porque ali desenvolvem suas competências e habilidades, mas por aprender a trabalhar em equipe, ter comprometimento, disciplina e já poder se inserir, ainda que de modo ensaístico, no mundo corporativo do COMEX, enfrentando dificuldades reais e experimentando novos procedimentos”, observa Mônica.

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Um toma lá, dá cá. De um lado, empresas interessadas em expandir as fronteiras do próprio negócio para além do território nacional; do outro o know how da academia e a expertise de docentes e discentes vinculados à graduação em COMEX aptos a contribuir com o desenvolvimento de um plano de internacionalização de produtos e serviços made in Ceará. Na Unifor, o Núcleo de Práticas em Comércio Exterior – NUPEX, coordenado pela professora Mônica Luz, aproxima o estudante do mercado abraçando novos desafios e expandindo horizontes. 

“Nos dois últimos semestres abrimos as portas para as startups, empresas de produtos e serviços com base tecnológica que também já buscam a internacionalização.  E foi muito interessante o envolvimento e a compreensão que os discentes tiveram diante desse novo modelo de negócios. Ou seja, hoje o NUPEX abraça tanto o modelo tradicional de empresas como também as startups, que são negócios escaláveis, repetíveis e inovadores. Esse modelo está em ascensão no estado do Ceará, que conta com cerca de 187 startups, segundo a ABStartups. E nossos discentes puderam colocar todo um conhecimento ligado à economia, legislação e relações internacionais a serviço da expansão desse tipo de negócio, identificando mercados-alvos e se adequando às mudanças de um cenário atravessado pela transformação digital”, Mônica Luz, coordenadora do Núcleo de Práticas em Comércio Exterior.

Aluna do 7º semestre do bacharelado em Comércio Exterior da Unifor, Dafne Colares, 20, tem muito mais confiança em si depois da experiência vivida no semestre anterior. “O NUPEX é onde a gente bota pra jogo tudo o que aprendeu na teoria. Eu fiz parte da equipe de alunos que desenvolveu um plano de internacionalização para a Agenda EDU, uma edtech dedicada a desenvolver soluções para a educação, startup modelo de empreendedorismo e inovação. Foi um desafio identificar os países que melhor receberiam essa plataforma, para então iniciar a internacionalização do negócio”, destaca a estudante que, no futuro, sonha em trabalhar com relações internacionais entre Brasil e Japão. 

“Focamos no Chile e no México, mas isso depois de estudar como funcionam os sistemas educacionais desses países, seus IDHs, índices de escolaridade, a forma como as startups são vistas por lá, como a população se relaciona com as redes, enfim, levantamos e cruzamos muitas informações e dados até termos um diagnóstico preciso para formular um relatório estratégico de expansão de vendas. Aprendi muito”, Dafne Colares, aluna do curso de Comércio Exterior da Unifor. 

Trilogo, startup atuante na área de patrimônio; Plantão Ativo, startup da área médica; Bugaboo, especializada em realidade virtual; Up Business, startup focada em games e educação; Mercadapp, e-commerce para supermercados; Resolvii, voltada ao direito do consumidor; Agenda EDU, edtech ligada à educação; Edukon, plataforma de aprendizagem digital; Levarti, turistech especialista em soluções para turismo; Pliq, plataforma para gestão de pesquisa e indicação de clientes. “Empresas que já nascem com uma visão global vêm, cada vez mais, firmando parcerias com o NUPEX para se internacionalizar. Não é à toa. Temos um ecossistema forte. O Rapadura Valley, em Fortaleza, reúne 79 empresas e foi eleita a comunidade revelação em 2020 no Startup Awards, o prêmio da ABStartups. E a Unifor já faz parte disso”, destaca a coordenadora do NUPEX, Mônica Luz.

Do NUPEX para o mercado de trabalho. Sem escalas. Egresso do bacharelado em Comércio Exterior da Unifor, Igor Sampaio não esquece que se aproximou da Vonixx, empresa do segmento de estética automotiva onde hoje trabalha como coordenador de exportação e importação, ainda estudante. “Concluí o curso em 2018, mas em 2016 cursei a disciplina Plano de Negócios Internacionais no NUPEX. Minha equipe ficou encarregada de desenvolver o plano de internacionalização da Vonixx. Lembro que definimos dois mercados-alvos: Estados Unidos e Argentina. E o dono gostou bastante do nosso diagnóstico. Fui então convidado a estagiar na empresa. Em pouco tempo, interrompi o estágio para, através da Unifor, participar do programa de dupla titulação internacional em Deggendorf, Alemanha, no Institute of Technology. Quando retornei, um ano depois, fui efetivado e hoje exportamos para mais de 30 países”, comemora.

Para Igor, a formação em Comércio Exterior na Unifor e a passagem pelo NUPEX estão diretamente ligadas ao seu crescimento profissional dentro de uma empresa genuinamente cearense que se tornou a maior da América Latina no nicho de estética automotiva. Isso também graças ao potencial do próprio estado, que é o maior produtor e exportador de cera pura de carnaúba do mundo, o que agrega valor ao produto no exterior.  

“Acredito que a visão sistêmica e o currículo integralizado do bacharelado em COMEX fazem toda a diferença quando encaramos o mercado. Cabe ao aluno saber aproveitar as oportunidades durante o curso. Fui bolsista de Iniciação Científica e monitor voluntário da disciplina de Práticas Cambiais, além de fazer intercâmbio. Me dediquei bastante a disciplinas como Custos e Formação de Preço, Prática Cambial, Logística Internacional, Finanças Internacionais, Legislação Aduaneira, Economia Internacional e Marketing Estratégico e Plano de Negócios, além da Prática de Importação e Exportação. Hoje tenho pós-graduação pela Saint Paul em Liderança e Gestão de Negócios e estou concluindo outra em Inteligência de Mercado.  É importante que o profissional de COMEX esteja sempre buscando se aperfeiçoar para identificar nossos próprios diferenciais competitivos no mercado internacional”, Igor Sampaio, egresso do curso de Comércio Exterior da Unifor. 

Para a também egressa do bacharelado em Comércio Exterior da Unifor, Bianca Albuquerque, o primeiro estágio já veio logo no 3º semestre da graduação, na esteira de um rol de parcerias e convênios que a universidade mantém com empresas e instituições públicas e privadas. Por um ano e dez meses, estagiou no Centro Internacional de Negócios da FIEC, consolidando um vasto network e teve seu primeiro contato com os processos de validação dos certificados de origem das empresas. Dentre elas, estava a M. Dias Branco, onde acabou sendo selecionada para estagiar logo em seguida. 

“Quando surgiu a oportunidade de contratação na M. Dias passei a assistente e responsável pelos negócios junto ao continente africano. Dez meses depois, era Analista I e responsável pelos clientes da Venezuela. No começo do ano passado, fui promovida a Analista II e me ofereceram assumir toda a coordenação dos embarques da América do Sul. Ou seja, tenho essa visão de negociação e comercial ao mesmo tempo e isso vem sim da minha formação na Unifor, onde fui monitora da disciplina Plano de Negócios Internacionais no NUPEX e tive professores que me ensinaram muito sobre postura profissional, para além dos conteúdos teóricos. Por isso, a docência também está nos meus planos e horizontes futuros”, destaca Bianca Albuquerque, egressa do curso de Comércio Exterior da Unifor.