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Seg, 23 Agosto 2021 17:46

Empresa criada por egressos da Unifor desenvolve iniciativas especializadas em tecnologia e saúde

Nascida em 2017, a Audo cria softwares para a área de diagnóstico e investe em recursos pioneiros na área, atraindo a atenção internacional


Da esquerda para a direita: Felipe Fonsêca, Leonardo Pires, Milena Rosado e Nogueira Neto (Foto: Igor Cavalcante)
Da esquerda para a direita: Felipe Fonsêca, Leonardo Pires, Milena Rosado e Nogueira Neto (Foto: Igor Cavalcante)

Segmento que experimenta um salto em crescimento desde o início da pandemia e tem digitalizado cada vez mais a atuação de profissionais da saúde, a telemedicina ainda encontra algumas barreiras para seguir se expandindo, especialmente no Brasil. Nesse contexto, a empresa cearense Audo, especializada em tecnologia e saúde, tem conquistado espaço no mercado com sistemas inteligentes. As iniciativas são voltadas para a área de diagnósticos, desenvolvidos com tecnologia própria e permitem, entre outras facilidades, a autonomia de médicos, a redução de custos e o empoderamento dos pacientes. 

Criada em 2017, a Audo é uma healthtech (startup voltada para o segmento da saúde) e foi fundada pela atual CEO Milena Rosado, em parceria com Leonardo Pires, mestre em Informática Aplicada pela Universidade de Fortaleza (Unifor) e especialista em Desenvolvimento de Software; e Yvens Serpa, mestre em Informática Aplicada pela Unifor e professor de Computação Gráfica na Universidade de Ciências Aplicadas de Saxion, na Holanda. O time conta ainda com Ygor Serpa, mestre em Informática Aplicada pela Unifor e responsável pelo Machine Learning da Audo; e a mentoria da professora Andréia Formico, que integra o quadro docente da Unifor. 

Inovação em saúde

A Audo já tem no portfólio software de gestão de imagens, Inteligência Artificial (IA) para mamografia, e está negociando com compradores em todo o país, despertando a atenção de concorrentes nacionais e internacionais. A healthtech foi uma das 50 empresas apoiadas pela primeira edição do Startup Brasil, iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Um dos produtos desenvolvidos pela empresa é um sistema PACS (traduzido do inglês, Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens), responsável por gerenciar e otimizar o fluxo de imagens em clínicas de diagnóstico. 

A ferramenta se diferencia das opções já disponíveis no mercado por contar com uma tecnologia totalmente desenvolvida pela equipe cearense, baseada em Computação Gráfica e Inteligência Artificial, além de priorizar a experiência do usuário e ser mais acessível. O sistema é voltado para radiologistas e, além de unificar o trabalho do profissional em uma única plataforma, dispensa um fluxo frágil e comum atualmente, em que motoboys transportam imagens e laudos de exames entre residências de médicos e clínicas. A ferramenta conta, ainda, com um visualizador de imagens médicas web, recurso ainda não apresentado por nenhum outro concorrente dentro e fora do país.  

“Logo que o paciente realiza o exame, já ficam disponíveis para ele as imagens, instantaneamente. A Audo também pensou nos pacientes e na nova forma de lidar com a saúde. Dando mais produtividade ao médico, evitamos os erros médicos, a IA (inteligência artificial) ajuda a termos resultados com uma segunda opinião, e ainda oferecemos acesso através do portal de entrega de exames. Afinal, todos nós somos pacientes”, explica Milena Rosado, CEO da Audo, com mais de dez anos de experiência em gestão da saúde.

Sobre a iniciativa

Com DNA cearense, a Audo surgiu para solucionar gargalos da área de diagnóstico com tecnologia e inovação. A empresa iniciou no programa da Ventiur, aceleradora do Rio Grande do Sul com expertise em saúde, e contou com subvenção e investimento de R$ 1,5 milhão da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e do Banco do Nordeste (BNB).

Atualmente, a healthtech trabalha com o sistema PACS e desenvolve outros dois softwares médicos: um focado na criação de uma rede interligada de radiologistas, e outro que usa IA para auxiliar radiologistas a identificar e rastrear anomalias em exames de mamografia. Ambos devem ser lançados ainda em 2021 e contaram com apoio de instituições como a Embrapii e o BNB. A equipe de desenvolvedores tem, ainda, um projeto de IA voltado para o diagnóstico de nódulos no pulmão.