Em um mundo em que produtos e serviços existem em multicanais com possibilidades diversas de aquisição, no qual as empresas precisam estar atentas às constantes mudanças no comportamento do consumidor, a personalização é a palavra que não pode deixar de existir no dia a dia das empresas. Mas como fazer isso na prática? Aqui vão 4 dicas:

1. Tenha uma visão clara dos seus clientes - quem são e o que eles anseiam, o que compram, quando compram, qual o preço médio que estão dispostos a pagar, que fatores influenciam na compra, etc. O segredo aqui é se munir de informações que ajudem o empreendedor a entender os principais fatores que serão decisivos para despertar o interesse dos seus clientes.

2. Pesquise - para atingir o objetivo acima, o empreendedor precisará coletar informações e aqui vão algumas formas de fazer isso. Tanto é possível fazer uma pesquisa estruturada de mercado, contratando uma empresa com experiência, como o próprio empreendedor pode fazer isso coletando dados secundários e realizando a pesquisa etnográfica, entrevistas com o segmento definido e o design participativo:

• Pesquisa etnográfica - consiste em observar como as pessoas agem, como elas interagem, que necessidades e preferências elas têm, dentre outras análises;
• Entrevista de campo - ir a campo para coletar histórias e desafiar o que o empreendedor acha que sabe a respeito das necessidades dos seus clientes;
• Design participativo - “mergulhar” no cotidiano das pessoas, entendendo como é a jornada do cliente quando ele busca a solução por meio de um produto/serviço para uma determinada dor.

3. Prototipar - entendido todos os critérios que os clientes validam, sejam eles funcionais, emocionais e/ou sociais, é hora de desenhar soluções criativas, olhando as deficiências não atendidas pelo mercado. Aqui é importante o empreendedor engajar o seu time em um processo colaborativo a fim de gerar soluções tangíveis, criativas e inovadoras.

4. Testar - agora é hora de validar o produto/serviço com seus clientes, ou seja, é o momento de identificar o que foi positivo no protótipo proposto e ajustar as deficiências encontradas, bem como possíveis campos de melhora. Depois de adequar os elementos testados, é hora de colocar o produto/serviço no mercado.

Ter soluções centradas nos clientes pode até parecer complexo, mas sem dúvida será o caminho mais fácil para que seus clientes enxerguem valor na sua solução, pois ele estará no centro do seu processo de criação. 

Professor Rogério Nicolau
Coordenador do Escritório de Gestão Empreendedorismo e Sustentabilidade - EGES