Ambiente profissional e a Síndrome de Burnout

Estamos vivendo em uma era na qual o Capitalismo é a ordem reinante no mundo inteiro. Diante disso, o cansaço se tornou um estado inevitável para as pessoas que trabalham e vivem desse modo. Byung-Chul Han, filósofo sul-coreano, estuda distúrbios recorrentes na sociedade atual e aborda o tema em seu livro “Sociedade do Cansaço”. O cansaço é uma resposta do corpo ao excesso de positividade e cobrança por desempenho, atingindo as inseguranças dos indivíduos ao tentar trazer propósitos exagerados para o sucesso no trabalho, resultando em um dos atuais maiores problemas: a Síndrome de Burnout.

Mais conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, esse é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema e estresse. Atualmente, a síndrome é definida por uma combinação de três fatores: exaustão emocional, despersonalização e baixa realização pessoal.

Aprender a lidar com o estresse no trabalho através de técnicas de mindfulness, comunicação não-violenta e buscar o aprimoramento da inteligência emocional é importante para o crescimento pessoal e profissional de todos. Por isso, selecionamos alguns itens que podem ajudar na preservação da saúde mental de todos:
Priorização de tarefas: priorizar tarefas garante não só que todos estão trabalhando no que é mais importante, mas também que as demandas estão sendo distribuídas de forma igualitária entre os membros da equipe. Para fazer isso com mais exatidão, você pode contar com ferramentas de gestão, que possibilitem o acompanhamento em tempo real do que está acontecendo, assim como de qual é a disponibilidade de cada membro do time.

1. Rotina do dia a dia: mantenha uma rotina saudável de sono, dormindo pelo menos 8 horas por noite, participe de atividades de lazer com amigos e familiares, converse com alguém de confiança sobre seus sentimentos. Não tome remédios sem prescrição médica.

2. Cultura organizacional: a cultura organizacional de uma empresa influencia diretamente no relacionamento dos gestores com o board e das lideranças com suas equipes. Quando as pessoas de uma empresa conseguem estabelecer conexões e estão alinhadas com o propósito, as relações se tornam mais transparentes, evitando falhas na comunicação, solidão e desorganização, que são muito prejudiciais.

3. Comunicação não-violenta: a comunicação não-violenta é uma abordagem voltada para a forma como expressamos nossas necessidades, esquematizada pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg. Um dos maiores preceitos é que para praticá-la você precisa ter o hábito da escuta empática, já que isso vai ajudar a identificar os sentimentos e as necessidades das pessoas ao nosso redor.

4. Ajuda psicológica: o diagnóstico, assim como o tratamento da Síndrome de Burnout, deve ser realizado apenas por um profissional habilitado da área. Por isso, se você se identificou com as situações que abordamos nesse post, procure ajuda.

Se você é uma empresa, abra espaço para o debate dessas situações. Se não puder fornecer auxílio psicológico, incentive essa busca.

Muitas pessoas ainda não têm ideia de como o estresse pode sabotar a saúde, tanto física quanto mental, e afetar negativamente suas vidas. Por mais responsável e apaixonado pelo trabalho que você seja, sempre se deve estabelecer limites para suas atividades ocupacionais, evitando que se sobreponham às horas de lazer e descanso. Nada de dar aquela espiadinha no e-mail corporativo aos finais de semana, sem necessidade.

Texto escrito por Letícia Pioto, estagiária do Escritório de Gestão, Empreendedorismo e Sustentabilidade (EGES).