Não é comum ver pessoas rindo em um funeral, tampouco chorando em uma festa, pois isso é óbvio para a maioria das pessoas. Afinal, que impressão passaríamos rindo em um funeral, ainda que de um desconhecido?

Pois bem, quando se trata de situações em que é óbvio que um sentimento socialmente considerado ideal é o que deve ser demonstrado, não se resta dúvida de qual sentimento externar. Porém, em alguns ambientes profissionais, muitas pessoas acabam não conseguindo fazer uma distinção correta da emoção que deveria ser demonstrada naquele momento.

Vamos a um exemplo:

Acredito que todos concordem que a função de um professor seja transmitir conhecimento para aqueles presentes em sua aula, o que pode resultar na despreocupação com as emoções demonstradas em sala. Mesmo que sua principal função seja ensinar, caso um professor do ensino infantil demonstre frieza e a ausência de afetividade para com seus alunos, tanto estudantes quanto seus responsáveis não se sentirão satisfeitos, e isso eventualmente levará a uma possível substituição daquele profissional. Por outro lado, caso um professor de uma universidade ministre sua aula da mesma forma que um do infantil, demonstrando carinho e afeto da mesma forma como o primeiro, seria recebido com bastante estranheza pelos universitários.

Após esse exemplo, observamos que o “gerenciamento das emoções” é um exercício essencial, mesmo que não seja óbvio para a maioria. Se você tem o interesse de trabalhar em uma empresa ou de administrar um negócio, caso não consiga gerir suas emoções, eventualmente elas lhe prejudicarão. Uma demonstração de raiva, medo ou insegurança na frente de um cliente ou colaborador poderá assustá-lo; a demonstração de frieza e indiferença poderia levá-lo a outro local em que se é “mais bem acolhido”; já o excesso de segurança poderia levá-los a lhe ver como alguém arrogante.

O objetivo desse texto não é idealizar um modelo prescritivo de como um profissional deve demonstrar emoções em seu ambiente de trabalho nem fazê-lo trabalhar de forma estereotipada, mas compreender que apenas exercer a função a qual se é pago para realizar nem sempre deverá ser sua única preocupação, tendo em vista que demonstrar certas emoções costuma ser pré-requisito para o sucesso em ambientes profissionais.

Agora cabe a você leitor pensar em quais sentimentos demonstrar em seu negócio ou ambiente de trabalho para otimizar seus resultados.

Texto escrito por Pedro Paulo, estagiário do Escritório de Gestão, Empreendedorismo e Sustentabilidade (EGES).