Greenwashing: como não cair nessa armadilha

A palavra “Greenwashing” - derivada do inglês “green” que significa verde e “washing”, que significa lavar, ou seja: lavagem verde - tem se tornado cada vez mais ouvida por quem acompanha as tendências mundiais no ramo da administração e do empreendedorismo.

Infelizmente, embora esteja se tornando cada vez mais uma prática comum em ambientes empresariais, representa não só um risco à sociedade como ao próprio administrador.

Conceito

O “Greenwashing” tem como base a prática de tentar adequar um negócio a um conjunto de práticas sustentáveis, chamadas “ESG” (Você já deve ter ouvido falar de ESG), de maneira incorreta, podendo tal erro ser proposital ou acidental, consistindo em ações que mascaram práticas não sustentáveis

Um exemplo que poderia ser considerado “Greenwashing”: afirmar que a sua empresa é sustentável porque utiliza carros elétricos em vez de carros a combustão, sendo que a energia utilizada para abastecer a bateria dos carros é gerada a partir da combustão de combustíveis fósseis, poluindo assim o meio ambiente da mesma forma.

Embora a real intenção da empresa possa ter sido ser sustentável, caso esta situação seja descoberta, seria enquadrado como “Greenwashing”, e não só a empresa, mas também o administrador seriam responsabilizados socialmente por essa prática.

Tendo como base uma empresa que não esteja agindo de má fé e que tenha realmente interesse em adequar suas práticas com questões sustentáveis, ela (a empresa) deverá tomar alguns cuidados para que tal adequação não seja compreendida como uma tentativa de mascarar práticas não sustentáveis realizadas

Alguns cuidados importantes

  1. Criar rótulos e embalagens claros e detalhados sobre aquele produto;
     
  2. Atentar-se à entrada de produtos na empresa que já passaram por processamentos anteriores que possam prejudicar o meio ambiente;
     
  3. Maior compreensão possível dos efeitos colaterais de todos os processos da empresa (quais resíduos são formados a cada operação e para onde vão);
     
  4. Não enfatizar práticas sustentáveis no geral e omitir práticas não sustentáveis realizadas pela organização;
     
  5. Buscar certificações ambientais;
     
  6. Dispor de um canal de comunicação para dúvidas dos clientes sobre as práticas sustentáveis da empresa;
     
  7. Se responsabilizar pelo descarte final do produto.

E por fim, entender que há muito mais de sustentabilidade a ser feito do que eliminar copos plásticos.

Autor: Pedro Paulo Prado, estagiário do Escritório de Gestão, Empreendedorismo e Sustentabilidade (EGES) e aluno do curso de Administração.