Posso atuar no mercado internacional sendo MEI?

Olá você que mira o comércio internacional. Sabia que é possível importar e exportar sendo Microempreendedor Individual (MEI)? Sim, isso mesmo, como MEI.

O comércio internacional é o objetivo de muitos empresários e o medo do desconhecido assusta. A gente sabe que sim, e ainda bem que sim! Você precisa estar preparado, além de conhecer bem seu produto ou serviço, para chegar ao comércio internacional.

Aqui vamos conversar sobre uma solução que pode estar entre as suas atividades: atuar no comércio eletrônico (e-commerce), importando mercadorias e vendendo ao consumidor final.

Segundo o SEBRAE, em 2020 e 2021, a cada ano foram registrados mais de 3 milhões de empreendedores individuais, evidenciando como a figura do microempreendedor é uma realidade em ascensão no Brasil. Eles respondem significativamente pela movimentação da economia. Já formalizados, é hora de mirar o mercado internacional. 

Impulsionado pela pandemia de COVID-19, o e-commerce mostrou-se como uma alternativa para a sobrevivência dos micro-negócios, pois com as regras de proteção, como lockdowns, distanciamentos sociais e horários de funcionamento reduzidos, muitos empresários recorreram ao comércio eletrônico para preservar suas vendas e manter a meta de faturamento mensal, acelerando o processo de digitalização do seu negócio. Essa tendência deve persistir.

Para realizar as operações internacionais, dentro da legalidade e de forma segura, os microempresários devem cumprir com os procedimentos exigidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e aqui tentaremos dar um mini  guia para pensar nessa oportunidade. Antes de tudo: profissionalismo é essencial.

1. Comece pelo planejamento: a fase inicial concentra-se na elaboração de um planejamento estratégico, fundamental para auxiliar empresas a atingirem seus objetivos, diminuírem os riscos, maximizarem o lucro e se destacarem da concorrência.

2. Habilitação: para internacionalizar seu negócio é necessário o registro no RADAR do SISCOMEX. O procedimento para a habilitação na modalidade Expressa permite importar até US$ 50 mil por semestre e é possível de ser realizado online, com poucos cliques. Importante lembrar que o MEI pode atuar na compra e venda de produtos estrangeiros, exclusivamente destinados à revenda.

3. Estude sobre o possível mercado estrangeiro: durante essa etapa, compreender o mercado estrangeiro é inevitável para uma boa negociação. O MEI pode importar e exportar de/para países distintos. Fazer boas relações com seus fornecedores poderá implicar em bons acordos comerciais de vantagens competitivas. 

4. Elabore estratégias de marketing: a quarta etapa ajudará o microempreendedor individual a promover uma melhor experiência para o cliente, pois um negócio com estratégias de marketing bem definidas contribuirá para o reconhecimento e disseminação da marca em esfera nacional e global. Dentre algumas ferramentas, pode-se optar por fomentar o mix de marketing ou “4Ps” - Produto, Preço, Praça e Promoção. Ainda podem ser utilizadas publicações de tráfego pago e tráfego orgânico, analisar concorrentes promovendo benchmarking, entre outros. 

5. Controle e avaliação: a última fase é primordial para se ter o conhecimento se a estratégia escolhida está funcionando, pois ela baseia-se nas métricas e levantamento de dados. É necessário fazer o controle dos resultados baseados em indicadores definidos pelos seus objetivos. Assim, os critérios possibilitam uma avaliação do processo em uma atividade específica, bem como durante o todo o processo, oferecendo uma análise evolutiva das atividades desde o início até o momento atual.

Com todos esses avanços, hoje em dia não precisa ter medo de se arriscar em ser um microempreendedor individual. Há muitas opções que podem auxiliar a conquistar esse objetivo e evitar ficar sem renda, ou potencializar a sua! A década do MEI, como tem sido conhecida a atual, veio para revolucionar e mostrar que tudo é possível.

Texto elaborado pela professora Larissa Maciel, com base no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da aluna Virgínia Diogo, do curso de Comércio Exterior da Unifor.