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Ter, 14 Junho 2022 16:56

Atividades de extensão contribuem no desenvolvimento acadêmico e social

Entenda como a extensão universitária, atividades que estimulam o diálogo da academia com a comunidade, é parte essencial na formação de novos profissionais


A extensão passa a fazer parte de 10% da matriz curricular dos cursos de graduação nas universidades (Foto: Getty Images)
A extensão passa a fazer parte de 10% da matriz curricular dos cursos de graduação nas universidades (Foto: Getty Images)

Você já ouviu falar sobre extensão universitária? Esse termo se refere às atividades realizadas por uma instituição de ensino superior (IES) e têm como objetivo estimular o diálogo do ambiente acadêmico com a comunidade na qual a IES está inserida. Sendo um dos três pilares da universidade junto ao ensino e à pesquisa, a extensão tem como foco primordial a troca de conhecimentos científicos e culturais na sociedade.

Por meio de suas iniciativas, a Universidade de Fortaleza – instituição de ensino da Fundação Edson Queiroz – reforça a importância da responsabilidade social para com o coletivo, dentro e fora do ambiente universitário. Ofertada desde 2021, a disciplina optativa de Responsabilidade Social e Ambiental representa mais uma oportunidade para que os alunos possam contribuir para a mudança de suas comunidades. 

Segundo o professor Randal Pompeu, Vice-Reitor de Extensão e Comunidade Universitária da Unifor, a origem dessa matéria procura atender à missão de fortalecer a economia local e afirmar o desenvolvimento econômico da região Nordeste. Esse movimento busca capacitar o microempresário e o gestor de pequenos negócios das comunidades próximas ao campus.


O professor Randal Pompeu é Vice-Reitor de Extensão e Comunidade Universitária da Universidade de Fortaleza (Foto: Lucas Plutarcho)

Ele explica que as ações desenvolvidas na cadeira estimulam a geração de emprego formal e agregam apoio técnico, contábil, jurídico e sanitário aos negócios regionais. “Assim, buscamos fomentar o capital social ao atender às demandas da comunidade sem o viés assistencialista e com ações continuadas e não pontuais”, diz Randal Pompeu.

Chefe da Divisão de Responsabilidade Social da Unifor, o professor Marcus Mauricius Holanda ministra a disciplina e observa que a prática é predominante nas aulas. “Primeiro, alunos e alunas passam por uma formação teórica introdutória, onde terão noções sobre gestão de negócios, gestão de pessoas, empreendedorismo, marketing, formação do capital humano e social e temas afins. Depois, o momento é de escuta”, esclarece.

Da sala de aula para a comunidade


“Foi uma grande virada de chave na minha vida acadêmica, pois passei a ver o mundo com outros olhos e com uma vontade ainda maior de me envolver em projetos socioambientais”
– Raphael Bezerra, graduando em Administração

Para Raphael Bezerra, o empresário moderno tem que compreender que a empresa é muito mais que o lucro. Sócio-proprietário da metalúrgica Espacial Metal, o graduando em Administração ressalta a importância do rendimento para a companhia, mas indica que é preciso pensar além. “Essa disciplina me ajudou a enxergar mais a fundo, a olhar para todos e a tentar ajudar ao máximo as pessoas ao meu redor”, explica sobre a escolha de cursar a cadeira optativa.

Participar da disciplina de Responsabilidade Social e Ambiental foi muito gratificante para Raphael. Durante as aulas, ele e sua turma participaram de atividades junto a empreendedores da comunidade do Dendê, elaborando um plano de negócios como guia aos pequenos comércios locais. “Ajudar me elevou como ser humano e como empresário, além de ver que todo trabalho de um semestre irá servir para outras pessoas usarem como base e ajudá-las nos negócios”, compartilha.

O empresário revela que a experiência da disciplina abriu seus olhos para um novo mundo e acredita que a cooperação entre contratante e colaborador pode ser possível melhorar as condições de ambos. “Visto tudo que ocorreu nessa cadeira e a grande disparidade social que vivemos hoje, creio que se cada um se ajudar mutuamente poderemos crescer juntos com mais facilidade”, conclui Raphael.


Karoline Timbó, aluna do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, conta que a disciplina a ajudou muito em seu crescimento profissional (Foto: Acervo Pessoal)

Karoline Rodrigues Simões Timbó, assistente de engenharia e aluna do do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, também participou da disciplina de Responsabilidade Social e Ambiental. Ela conta que a escolha da matéria se deu por sua curiosidade sobre o tema quando precisou elencar um conteúdo facultativo para cursar na graduação.

Junto à sua equipe, a estudante elaborou um plano de negócios para ajudar uma microempresária da comunidade do Dendê com sua lojinha de laços. “Eu adorei ter feito. Até abriu muito a minha mente, porque eu também já tive empresa, e eu adquiri muito conhecimento de coisas que eu também não sabia”, conta Karoline sobre sua experiência.

Segundo ela, participar dessas atividades acadêmicas e práticas lhe possibilitou um crescimento na profissão. “Como profissional, gostei muito [da vivência] e abriu a minha mente para o mercado de trabalho. E, como pessoa, pude me conectar e ajudar uma empreendedora com meus estudos”, finaliza.