Docência: uma jornada para além das salas de aula

No dia 15 de outubro, é comemorado o Dia do Professor, data bastante simbólica que homenageia uma das profissões mais importantes da sociedade. Este trabalhador da educação, embora muitas vezes desvalorizado, é fundamental na construção identitária da população. Responsável pela formação educacional, cidadã e ética das pessoas, ele é “ponta da lança” na formação profissional de todas as gerações do País. 

“Os professores são profissionais que têm um valor imenso, pois, mesmo em situações de urgência – como aconteceu com a pandemia –, sustentam a rede de conhecimento e a necessidade humana de aprendizado. Em suas diversas atribuições, como ensino e pesquisa, são fundamentais para o desenvolvimento social, econômico e político de uma nação”, afirma Xênia Diógenes, docente do Centro de Ciências da Comunicação e Gestão (CCG) da Universidade de Fortaleza, instituição de ensino da Fundação Edson Queiroz.

Apesar de serem conhecidos pelo trabalho dentro da sala de aula, os educadores atuam em outras diversas iniciativas que ultrapassam o espaço de contato direto com o aluno. Por isso, são considerados polivalentes. Dentro do campo acadêmico, esse fator é potencializado.

Além dos estudos de atualização e planejamento de aulas, os docentes organizam eventos científicos, grupos de pesquisa e monitoria. Também ficam à frente de linhas de pesquisa e projetos de extensão.  Xênia destaca que dar aula é uma das tantas atividades que os professores exercem.

“O trabalho do professor vai muito além da sala de aula. Ele atua na interlocução da universidade com o mundo, em diversas frentes da educação. Além do ensino, é um profissional ligado à pesquisa e outras atividades de extensão. Na Unifor, por exemplo, vemos docentes da área da Saúde atuando no Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI) e docentes da área do Direito atuando no Escritório de Prática Jurídica (EPJ)” –  Xênia Diógenes, docente do Centro de Ciências da Comunicação e Gestão (CCG)

Além das iniciativas pontuadas pela docente, a Universidade de Fortaleza oferta diversos Núcleos de Práticas Acadêmicas (NPAs) que atendem várias áreas de conhecimento. Eles alinham a oportunidade do aluno exercer na prática os conhecimentos adquiridos nas aulas, com a possibilidade dos mentores aplicarem sua experiência profissional.

Já na área de pesquisa, a Unifor disponibiliza vários laboratórios e iniciativas, que possibilitam que os docentes apliquem e acompanhem estudantes nas suas respectivas linhas de estudo. É possível saber mais sobre os NPAs aqui, assim como conhecer as áreas de pesquisa disponíveis aqui.

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Como seguir a carreira de docente?

Mestre e doutora em Comunicação e Semiótica, Eliane Diógenes dá algumas dicas sobre como se tornar um educador (Foto: Ares Soares)

Neste contexto de pluralidade na profissão, para seguir carreira na docência e se tornar um profissional de renome no mercado de trabalho é importante seguir alguns passos. Para isso, a professora Eliane Diógenes – dos cursos de Psicologia e Cinema e Audiovisual da Unifor – listou cinco dicas para quem tem interesse em ingressar na área.

Carreira na docência

Eliane explica que a experiência de monitoria, podendo auxiliar um professor com uma disciplina ao decorrer do semestre, é fundamental. “Essa é uma possibilidade única de ficar perto de profissionais da educação, que são fontes de inspiração. Por isso, é bastante importante, desde cedo, buscar seleções e procurar professores para debater sobre o assunto”, reforça.

No Programa de Monitoria Acadêmica da Unifor, o aluno consegue dar os primeiros passos da trajetória profissional como docente, além de adquirir experiência na pesquisa científica.

Segundo a professora Eliane, a participação em grupos de pesquisa durante a graduação possibilita aos estudantes um universo de possibilidades, principalmente adquirindo experiências no segmento científico. “A partir deles, os estudantes conseguem exercitar, por exemplo, práticas que englobam estudo, escrita, coleção de dados e publicação”, esclarece.

A Unifor disponibiliza grupos de pesquisa em quatro áreas: Comunicação e Gestão, Jurídico, Saúde e Tecnologia.

Para Eliane, ao seguir a carreira acadêmica é preciso nunca parar de estudar: “É preciso estudar sempre. É necessário ter o espírito de aprendiz, nunca se contentar com o que já foi adquirido. Se a pessoa não tiver paixão pelo conhecimento, a tendência de sua caminhada na docência deve ser o marasmo”.

Um conselho muito importante que a professora Eliane aponta é o de ter a sensibilidade no contato com o outro para, assim, ter sucesso na docência. Ela reitera que o “tato” com o estudante é fundamental nesse processo, visto que a base da profissão é o estímulo e compartilhamento ao fluxo de conhecimento.

“Por isso, além de poder se comunicar, é necessário ter um ouvido ativo para escutar e absorver conhecimentos. Esse contato, quando bem construído, é muito enriquecedor", adiciona.

Para quem quer ingressar na carreira acadêmica, é fundamental fazer um mestrado e, se possível, um doutorado. É o que elucida a docente Eliane: “Fazer algumas renúncias para se dedicar à uma pesquisa de mestrado é muito importante. A partir disso, o estudante terá a oportunidade de fazer publicações que vão enriquecer seu currículo, além de poder vivenciar um estágio de docência, dando continuidade às práticas de um professor”.   

Na Universidade de Fortaleza, você pode encontrar diversos programas de pós-graduação, que englobam variadas modalidades de áreas de pesquisa. Saiba mais sobre os programas aqui.

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