Moda Virtual: sustentabilidade ou futilidade?

Não é novidade que o mundo está cada vez mais digital. O mercado passa por mudanças que ressignificam a experiência de compra constantemente. É como uma corrida mundial pelo novo e exuberante, na qual nunca se vê a linha de chegada.

 

O que é

 

O conceito de Moda Virtual é recente e, em meio a tempos pandêmicos, surgiu como uma forma de movimentar o mercado de luxo e dar ao cliente uma nova experiência de compra, além de pausar, de certa forma, a prática comum entre os jovens de comprar uma peça física apenas para postar nas redes sociais (eu ouvi look do dia?)

 

Tudo digital

 

Desta vez, a indústria da moda propôs algo totalmente digital, desde a vitrine - que já vem sendo trabalhada há alguns anos pelo Instagram, por exemplo - até o uso da peça. É o que explica Ricardo André S. Bessa, professor de História da Moda e da Indumentária da Universidade de Fortaleza: “Moda Virtual é a venda de itens e design de moda para plataformas virtuais e avatares”.

 

Foto: Divulgação/Dressx

 

“Este modelo de consumo é uma forma de escapismo muito desenvolvida durante a pandemia pelos jovens, uma vez que eles se sentem confortáveis com a ideia de ter identidades paralelas no mundo real e online”, relata o professor.

 

Para cada roupa, uma personalidade

 

Segundo Ricardo, isso acontece porque as pessoas “adotam diferentes personalidades para diferentes plataformas digitais, cada uma exigindo diferentes códigos de vestimenta, assim a moda virtual oferecerá às pessoas formas de serem mais expressivas.”

 

 

Principais benefícios

 

Ao adotar essa prática, o consumidor adquire peças para que seus avatares possam “vestir” os itens em plataformas de mídia social, ambientes de jogos e mundos virtuais, explica Ricardo André. “Isso permite que os consumidores evitem o desperdício e a poluição associados à moda tradicional”, acrescenta.

 

Foto: @aliona_pole
 

Fútil x útil

 

Visto que estamos pagando por uma peça que não é real, poderia essa prática ser considerada algo fútil? 

Ricardo explica: “A moda pode ser fútil ou não, dependendo do ponto de vista de quem consome. A moda virtual é uma nova tendência que pode saciar o desejo de consumo, e evita o desperdício combatendo a futilidade do fast fashion”.

 

 

Como são desenvolvidas as peças?

 

Tudo é criado por meio de programas de animação e efeitos visuais. Desta forma, marcas internacionais estão conseguindo criar as roupas virtuais, o que pode dar fim à toda uma cadeia de produção que inclui estilistas e costureiros. Seria uma brecha para o desemprego em massa em um futuro altamente digital?

 

 

Com essa nova opção de compra, podem surgir questionamentos sobre sustentabilidade, psicologia do consumidor, autoestima e até mesmo o grau de importância que damos ao não-real, que insistimos em transformar como algo concreto e perfeito, uma espécie de válvula de escape do mundo tradicional que vivemos.

Sendo fútil ou não, a certeza é de que esse novo modelo de compra surgiu para suprir uma lacuna em nosso vasto universo digital.

Você consumiria uma peça virtual?

 

 

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O aluno recebe certificações intermediárias ao longo do curso, o que lhe permite concorrer no mercado de trabalho de forma mais rápida e com experiência comprovada. Ao final do terceiro semestre, por exemplo, o estudante adquire certificação como assistente em Design de Moda e já pode atuar profissionalmente na área.

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