null Cientistas brasileiras desenvolvem rede de apoio em defesa da vida das mulheres na pandemia

Sex, 23 Abril 2021 17:47

Cientistas brasileiras desenvolvem rede de apoio em defesa da vida das mulheres na pandemia

A Rede Brasileira de Mulheres Cientistas tem como propósito implementar políticas públicas que garantam condições de vida, trabalho e segurança para as brasileiras. Saiba mais sobre o projeto.


Lançamento oficial da iniciativa acontecerá no dia 23 de abril, às 17h, pelo canal oficial Rede Brasileira de Mulheres Cientistas no YouTube. (Imagem: Divulgação)
Lançamento oficial da iniciativa acontecerá no dia 23 de abril, às 17h, pelo canal oficial Rede Brasileira de Mulheres Cientistas no YouTube. (Imagem: Divulgação)

Buscando amenizar os problemas enfrentados pela sociedade devido a pandemia do novo coronavírus, um grupo autônomo de mulheres cientistas lançou a Rede Brasileira de Mulheres Cientistas na última segunda-feira (19). O programa tem agido em defesa da vida das mulheres nessa perspectiva de período pandêmico e, atualmente, conta com a adesão de mais de 2 mil pesquisadoras de todas as regiões do País.

Adriana Rolim é coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas (PPGM) da Universidade de Fortaleza, instituição da Fundação Edson Queiroz, e uma das componentes da Rede junto a outras 9 pesquisadoras da Unifor. Ela pontua que os desafios enfrentados pelas mulheres atualmente ‒ como a responsabilidade primária pelo cuidado dos filhos, o desemprego e sofrimento psicológico ‒ têm sido maiores por conta da pandemia.

“As mulheres continuam a sofrer desproporcionalmente as consequências da Covid-19. Isso pode ter implicações importantes para a recuperação da economia e representar um retrocesso significativo em termos de igualdade de gênero", explica Adriana. O primeiro passo dado pelas cientistas foi, então, publicar uma carta que descreve a justificativa para a criação da Rede e aponta o seu objetivo de implementar políticas públicas que garantam boas condições de vida para as brasileiras.

Quando questionada sobre o principal benefício da ação, Adriana ressalta a importância dos debates e da sensibilização perante a situação das mulheres na pandemia: “A ciência já vinha apontando que enfrentaremos não somente esta pandemia, mas outras que estão por vir. E isso torna necessária a sensibilização de todos para que sejam garantidas as condições de vida das mulheres”.

Sobre o projeto

A Rede Brasileira de Mulheres Cientistas tem como objetivo atuar junto a gestores públicos, oferecendo conhecimento técnico e ampliando a capacidade de resposta dos órgãos governamentais. Dessa forma, pretende diminuir a carência de conhecimentos relacionados à vida das mulheres, como nos aspectos de saúde, violência, educação, trabalho e emprego, assistência social, segurança alimentar, moradia e mobilidade.

Além disso, a Rede intenciona promover rodas de conversas e soluções dialogadas entre cientistas e ativistas, objetivando sistematizar e difundir experiências de respostas à pandemia, destacando a participação de mulheres nesses processos. Outra ação prevista é o assessoramento de iniciativas no campo da memória, da verdade e da justiça, com foco no impacto que a pandemia tem na vida das brasileiras.

O lançamento oficial do movimento acontecerá no dia 23 de abril, por meio de um webnário. A transmissão será pelo canal oficial da Rede Brasileira de Mulheres Cientistas no YouTube, às 17h30