Alimentação e boa memória: saiba o que comer para render melhor nos estudos

Comer bem é um dos pilares que conduz o nosso corpo a uma boa saúde. Somado às atividades físicas e práticas que beneficiam a mente, como atividades prazerosas, proximidades dos amigos e cultivar gratidão, uma boa alimentação também é capaz de trazer bem-estar ao nosso organismo e proporcionar energia para desenvolvermos qualquer atividade.

A escolha de determinados alimentos contribui em funções ligadas ao aprendizado e, por tabela, acaba também auxiliando a memória. “Neste momento de pandemia, muitas pessoas estão sofrendo com maiores níveis de estresse e ansiedade. Isso atrapalha o processo de ambos (aprendizado e memória)”, completa Filipe Brito, professor do curso de Nutrição da Universidade de Fortaleza. Ainda segundo o professor, os diversos neurotransmissores do nosso cérebro são formados por aminoácidos, aminas e peptídeos, moléculas que estão diretamente ligadas ao aprendizado e ao funcionamento da memória.

É possível repor esses nutrientes sempre quando estiverem em baixa no nosso corpo, basta ingerir alimentos específicos que ajudam na formação desses neurotransmissores. “Frango e carnes em geral, banana, aveia, arroz integral, feijão, lentilha, amêndoas e castanhas, mamão, abacaxi, maracujá, ameixa, tomate, kiwi e espinafre são algumas recomendações mais populares”, aponta Filipe.

Cérebro x gordura

Outra dica interessante é também ingerir alimentos ricos em ômega 3 e com gordura de qualidade, uma vez que o nosso cérebro é um órgão formado por bastante gordura. Podemos encontrar o ômega 3 em peixes marinhos, como sardinha, cavala e salmão. Ingerir esses alimentos protege contra uma possível inflamação cerebral, que é capaz de resultar em falta de atenção, estados depressivos e ansiedade. Para não inflamar o cérebro, é recomendado não ingerir em excesso alimentos como açúcar, óleos vegetais refinados, alimentos ultraprocessados e carboidratos refinados em pães, massas, bolos e biscoitos.

Outra forma de combater essas inflamações é ter um sono em dia, com qualidade. “O sono é um importante fator para a saúde do cérebro, pois é durante o sono que são produzidos diversos hormônios que ajudam no controle da inflamação, como a melatonina. É nesse momento que o cérebro faz uma 'faxina'”, explica Filipe. 

Como funciona a memória

Quem estuda e precisa da memória bem afiada, deve lembrar que apenas uma boa alimentação não será o suficiente. Hábitos como leitura, meditação e dormir cedo podem reforçar o funcionamento de uma boa memória. 

“Nosso cérebro recebe informações novas todos os dias. Elas são adquiridas pelo hipocampo, que as redireciona para outras partes do cérebro. Quando precisamos de uma determinada memória, é o hipocampo que faz o seu resgate. Isso está ligado à memória declarativa”, explica o neurologista e médico do sono Samir Magalhães. Já a memória não declarativa vai trazer mecanismos voltados ao aprendizado motor, o cerebelo e o córtex cerebral, muito importantes na facilitação de aprendizados. 

Ambas as memórias utilizam de neurotransmissores cerebrais, que são responsáveis em facilitar a via da memória e favorecem o ganho do aprendizado daquela situação. A melhor forma de deixar o cérebro processar esse ganho de informação é quando dormimos. 

“É durante o sono que descansamos o cérebro e o deixamos apto a receber novas memórias. Ele também faz uma ‘faxina’ das memórias que não irão nos acompanhar ao longo da vida, e realoca as memórias que forem mais importantes”, completa Samir. Por conta disso, repetir algumas informações todos os dias é uma boa dica para fixar memórias e aprendizados no cérebro.

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