Como não desistir dos exercícios físicos e tornar a prática uma rotina prazerosa

É comum que durante o período de pandemia e isolamento social fiquemos um pouco desmotivados e até, algumas vezes, deprimidos. Para combater esses momentos, profissionais da saúde recomendam que façamos exercícios físicos, pois, além de todos os benefícios que trazem ao corpo, também ajudam no bem-estar mental com a sua produção de serotonina - neurotransmissor que atua no cérebro regulando o humor, sono, apetite, ritmo cardíaco, humor, entre outros aspectos.

Segundo pesquisa da The Lancet Global Health, o Brasil tem o quinto pior índice de sedentarismo do mundo. Essa condição está ligada, muitas vezes, à desistência dos treinos após o início das atividades físicas. Sabendo que o problema não está em começar os exercícios, mas em não desistir deles, como podemos vencer o sedentarismo?

Ajuda a combater a ansiedade

Para começar, uma boa dica é pensar que os exercícios físicos fazem bem para o relaxamento do corpo e da mente, o que pode ser uma grande motivação para quem sofre de ansiedade. 

“Em 100% das rotinas físicas, o controle da ansiedade fica estabelecido depois dos exercícios físicos. Isso é um processo fisiológico pós-treino. O nosso corpo é feito para fazer movimento, se a gente faz movimento, o corpo relaxa”, explica o professor Walter Cortez em uma entrevista concedida ao UniforCast sobre corpo e saúde.

Além da ansiedade, os exercícios ajudam a regular o sono. Ou seja, é fundamental para quem sofre de insônia.

Rotina leve e animada

Outra sugestão interessante é deixar a rotina de treino mais leve e animada. Coloque sempre uma boa música, pense em se dar alguma recompensa pós-treino, chame um amigo para treinar com você, pense somente no agora e não a longo prazo.

Foque na sensação de prazer e faça pelo menos um pouquinho todos os dias. Quando colocamos na cabeça que 30 minutos podem ser o suficiente, acabamos nos motivando mais.

Crie o hábito

Atividade física é como ler um livro, um hábito que pode ser adquirido quando fazemos todos os dias ou, pelo menos no começo, três vezes por semana. E como todo hábito que se preze, caso você não o faça naquele dia, sentirá sua falta e é aí que uma certa abstinência pode ser gerada. 

“A sensação de fazer algo em prol de si mesmo associada à ideia de praticar exercícios físicos regulares faz o psicológico evoluir de tal forma que, após um tempo quando não se treina, dá um ‘peso na consciência’ conhecido como vício psicológico”, explica Walter.

Educação Física na Unifor

As atividades físicas pedem um conhecimento muito maior do que vemos na prática. Por trás de um treino há um vasto campo de conhecimento teórico pronto para lhe responder muitas perguntas, algo possível apenas por meio de um curso superior.

O curso de Educação Física da Universidade de Fortaleza trabalha a teoria e a prática ao mesmo tempo. “Os nossos alunos precisam compreender de forma abrangente o funcionamento de todos os sistemas biológicos do corpo humano para que sua atuação possa surtir diversos efeitos, na saúde física, emocional, social. Por ser um curso ligado à área da saúde, o aluno aprende a prevenir, habilitar e até mesmo tratar doenças através do exercício físico”, explica Sonia Ficagna, professora e membra do Núcleo Docente Estruturante do Curso de Educação Física. 

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Ainda segundo Sonia, o planejamento e aplicação de programas de exercícios para diversas populações leva alunos a buscarem soluções através da literatura científica e de práticas eficientes. Essa preparação visa um mercado abrangente, mas rígido em relação à capacitação. “O profissional também necessita estar atualizado e ao mesmo tempo diversificar suas atividades”, revela a professora. 

Os campos de atuação podem ser como gestor, organizador, assessor, produtor de conhecimentos teóricos e práticos e também educador, onde o egresso aplica as mais variadas formas de exercícios para a população.