Conheça o novo Ambulatório de Dor da Universidade de Fortaleza, projeto que visa atender pacientes com dores crônicas

O curso de Fisioterapia da Universidade de Fortaleza, instituição de ensino da Fundação Edson Queiroz, promove a criação do novo Ambulatório de Dor, projeto que oferecerá assistência médica e psicológica a nível interdisciplinar para pacientes com queixas de dores crônicas. A iniciativa acontece em parceria com os cursos de Medicina e Psicologia da instituição, bem como do Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI) da Universidade. 

Atualmente em fase final de implementação, os alunos integrantes do Ambulatório treinam neste mês de outubro para prestar assistência aos pacientes. Os interessados em agendar atendimento podem fazê-lo a partir de novembro. É possível obter mais informações pelo telefone (85) 3477-3626.

O novo Ambulatório tem como objetivo proporcionar assistência clínica, fisioterapêutica e psicológica integral para toda a população de Fortaleza, principalmente aos pacientes que não possuem acesso a esse tipo de tratamento. Os atendimentos serão realizados por uma equipe especializada, que unirá instrumentos específicos e abordagens terapêuticas efetivas a protocolos atualizados de tratamento da dor, visando contribuir ao máximo para a melhora da qualidade de vida do paciente.

De acordo com Ticiana Mesquita, professora do curso de Fisioterapia da Unifor e uma das fundadoras do projeto, o plano de efetivação já existia há algum tempo, mas foi consolidado diante do cenário da pandemia da Covid-19, uma vez que a demanda de pacientes com dor crônica está entre as mais comuns na procura por atendimento fisioterapêutico. 

“A dor crônica é reconhecida mundialmente como um grave problema de saúde e deve ser entendida como uma doença e não apenas um sintoma. Deve ser entendida como um fenômeno multidimensional que promove impactos na qualidade de vida e na capacidade funcional e social, com sérias consequências nas condições físicas, psicológicas e comportamentais. A abordagem deve ser estabelecida por uma equipe multidisciplinar”, destaca a fisioterapeuta.

Como receber atendimento

O novo Ambulatório de Dor será situado no setor de Fisioterapia do NAMI, e estará disponível para atendimentos de segunda a quarta-feira, no período da tarde. O projeto conta com uma equipe composta por duas fisioterapeutas, um psicólogo especializado em dor e um reumatologista. Além dos coordenadores do projeto, alunos dos cursos de Fisioterapia, Psicologia e Medicina da Unifor, escolhidos por meio de processo seletivo, participarão das atividades.   

Os pacientes serão encaminhados a partir da regulação da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza, havendo também disponibilidade de vagas para pacientes que já estão em atendimento no NAMI; entretanto, esses últimos precisam ser direcionados por meio de solicitação interna. Uma vez triados ao ambulatório, os pacientes serão avaliados pelo médico, fisioterapeuta e psicólogo em exercício e, em seguida, receberão o plano de atendimento individual.

“[O projeto] será fundamental para fortalecer o ensino dos nossos alunos, uma vez que proporcionará maior conhecimento acerca desta temática, contribuindo para o desenvolvimento de pesquisas relacionadas. Além disso, estimulará nossos discentes a uma participação mais ativa, sempre sob supervisão e orientação de docentes, contribuindo, também, para o desenvolvimento de habilidades e atitudes necessárias para o futuro exercício profissional”, destaca Ticiana.

Dores crônicas

Grande parte da população mundial apresenta algum tipo de dor crônica durante sua vida. À medida em que vivemos, torna-se comum o aumento de queixas de dores na coluna, articulações, degenerações, inflamações e outros problemas que podem ser caracterizados como dores crônicas. Além de nem sempre aparecem em exames, as dores deixam de ser sintomas que indicam doença para serem o problema em si.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% da população mundial sofre com algum tipo de dor crônica. Seus portadores, por muitas vezes, chegam a desenvolver quadros de depressão e deficiências psicomotoras. 

Para prevenir os constantes incômodos, médicos geralmente indicam a prática de exercícios físicos, correção postural, alimentação adequada e vacinação (em casos necessários). Ainda assim, o estado clínico específico de cada paciente sempre deve ser avaliado por um especialista.