O papel do fonoaudiólogo no acompanhamento de crianças prematuras

Além de alertar para o câncer de próstata, novembro é considerado o Mês Internacional de Sensibilização para a Prematuridade. O objetivo é alertar sobre o crescente número de partos prematuros e informar sobre as questões relativas ao nascimento antecipado e as consequências para o bebê, sua família e para a sociedade.

Quando um bebê é considerado prematuro?

São considerados bebês prematuros aqueles que nascem com menos de 37 semanas (9 meses). Eles ainda possuem algumas características por não estarem preparados para nascer, como:

  • Baixo peso;

  • Pele fina, brilhante e rosada;

  • Veias visíveis;

  • Pouca gordura sob a pele;

  • Pouco cabelo;

  • Orelhas finas e moles;

  • Cabeça desproporcionalmente maior que o corpo;

  • Musculatura fraca;

  • Pouca atividade corporal;

  • Poucos reflexos de sucção e deglutição.

O papel do fonoaudiólogo

Alguns desconfortos respiratórios e infecções fazem esses recém-nascidos precisarem dos cuidados da UTI Neonatal, sendo fundamental a presença de um fonoaudiólogo.

A intervenção desse profissional, inicialmente, prioriza a transição da dieta do bebê por sonda oral com ênfase no aleitamento materno. O fonoaudiólogo faz parte da equipe interdisciplinar no âmbito hospitalar e ambulatorial, atuando no desenvolvimento do prematuro.

Nos leitos, esses profissionais realizam massagens, manobras, usam bandagem, toques terapêuticos, entre outras práticas.

“O fonoaudiólogo realiza triagem neonatal por meio do teste da orelhinha, com a detecção precoce de perdas auditivas, além do teste da linguinha, que previne alterações no aleitamento materno e nas funções estomatognáticas”, conta Izabella Andrade, professora do curso de graduação de Fonoaudiologia da Unifor.

Alimentação exige cuidados

Como a maioria dos bebês prematuros precisa de sonda para ter eficácia durante a alimentação, na UTI o fonoaudiólogo prepara o bebê para que ele perceba os reflexos da sucção e da deglutição. Por isso, a estimulação tem início o mais cedo possível, para que o recém-nascido comece a mamar no seio da mãe. Vale destacar que as linhas de conduta são adotadas de acordo com cada paciente.

“O prematuro, dependendo da sua idade gestacional, sua imaturidade neurológica e suas comorbidades, precisa completar seu tempo de gestação ainda nas incubadoras em unidades de terapia intensiva neonatal. Muitas vezes, os recém-nascidos apresentam comorbidades que comprometem seu desenvolvimento neuropsicomotor. São extremamente vulneráveis, com imaturidade em seu sistema gástrico, ventilatório e neurológico. Logo, são impossibilitados de se alimentarem por via oral”, acrescenta Izabella Andrade.

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