Pesquisa de mestrando quer identificar os fatores de risco de depressão e suicídio em ambiente acadêmico

O suicídio é uma grande questão de saúde pública no Brasil e no mundo, que possui causas complexas e diversas, compreendendo fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, culturais e ambientais.

O médico psiquiatra Raul de Castro, aluno do programa de Mestrado em Ciências Médicas da Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, está desenvolvendo pesquisa para avaliar os fatores de risco de depressão e suicídio entre estudantes universitários, a fim de detectar precocemente os riscos e outras doenças mentais. A pesquisa tem a orientação do professor Geraldo Bezerra da Silva Júnior, do curso de Medicina da Unifor, e foi aprovada pelo Comitê de Ética da instituição.

“A pesquisa, inicialmente, já estava sendo desenvolvida pela Unifor em parceria com a Universidade da Madeira, em Portugal, porém focando apenas em estudantes da área da saúde. Agora estamos expandindo para outras áreas, não só da saúde, mas também da tecnologia, da comunicação e gestão e da área jurídica, por exemplo. Quer dizer, agora estamos fazendo um estudo mais amplo”, acrescenta o mestrando.

Distanciamento social

A pesquisa também tem o objetivo de analisar o impacto do distanciamento social, devido a pandemia da Covid-19, na saúde mental do corpo discente. Raul de Castro observa que geralmente esse tipo de trabalho é mais focado nos estudantes da área da saúde, pela questão da sobrecarga e, por isso, a necessidade de ampliar a pesquisa.

“É muito importante fazer esse comparativo com os estudantes de outras áreas para que possamos criar um programa mais amplo e efetivo, a fim de minimizar os danos na saúde mental e diminuir os riscos de suicídio”, afirma Raul de Castro.

Para a realização da pesquisa, desenvolvida neste período de isolamento social, está sendo utilizado um questionário online para coleta de dados referentes ao tema.

O formulário, além de coletar dados, também serve como uma maneira de gerar algum tipo de identificação nos jovens e incentivá-los a procurarem ajuda. O aluno não precisará identificar-se ao preencher o questionário, ou seja, será preservado o anonimato dos participantes.