Volta às aulas: como manter os cuidados em relação à pandemia?

No dia 26 de junho, o Governo do Estado do Ceará autorizou, por meio de decreto estadual, a volta às aulas presenciais para o Ensino Superior. Assim, universidades e instituições de ensino ao redor do Estado estão traçando planos e definindo medidas para garantir um retorno seguro a todos os seus alunos e funcionários.

Recentemente, a Universidade de Fortaleza, da Fundação Edson Queiroz, orientou os seus estudantes sobre o processo de matrícula para o segundo semestre de 2021 e informou que, a depender do nível da situação epidemiológica do estado e das orientações das autoridades governamentais e sanitárias, o ensino de graduação terá aulas teóricas presenciais.

Com o objetivo de preservar a saúde de todos dentro do Campus, a Unifor continua a adotar normas de biossegurança rígidas e a obedecer os protocolos vigentes. Porém, é necessário que alunos e colaboradores também façam a sua parte. A seguir, confira algumas dicas de como se comportar na volta às aulas.

Cuidados necessários

A pandemia já está perto de completar dois anos. Entretanto, mesmo com o avanço da vacinação, os cuidados pessoais e coletivos devem continuar, especialmente durante o retorno às aulas presenciais. De acordo com Keny Colares, médico infectologista e professor da Unifor, existem três grupos de medidas importantes quando se trata da proteção contra a Covid-19.

"Uma delas é a questão das medidas comportamentais, ou distanciamento social. Então, evitar as aglomerações, evitar estar próximo de outras pessoas, procurar utilizar máscaras, (...) e a questão da higiene das mãos", aconselha.  

Ainda segundo o docente, essas precauções podem ser ajustadas para o ambiente da sala de aula e o ambiente dentro da universidade como um todo.

"Um outro grupo de medidas é o rastreamento de casos e contatos. Então, é ficar atento àquele indivíduo que desenvolver qualquer tipo de sintoma. Ele rapidamente avisaria a universidade que está com febre, ou está com sintoma gripal, realizaria o teste e se afastaria, para evitar a contaminação. Ou seja, não ir para a aula com sintomas da doença", lembra o médico.  

Para Colares, é importante que as pessoas que tiveram contato direto ou próximo com esse indivíduo sejam avisadas, para que também sejam afastados do Campus enquanto fazem os testes e realizam os tratamentos, caso necessário.

"A terceira medida é a vacina, que ainda não está acessível para os mais jovens, mas cada vez mais pessoas estão sendo vacinadas. Essas três medidas, as comportamentais, o rastreamento de casos e contatos, e a vacinação, são as três ferramentas que a gente tem para poder controlar [a contaminação]", finaliza.

Professor Keny Colares  

O papel das Universidade

É importante que todos os alunos sigam as normas de biossegurança e continuem a tomar todos os cuidados relacionados à proteção contra o novo coronavírus. Porém, é ainda mais essencial que a própria Universidade desenvolva formas de garantir que essas medidas sejam respeitadas.


“Não adianta cuidar só dentro de sala de aula, é preciso cuidar também fora da sala”, (Keny Colares, médico infectologista e professor da Unifor)

O professor aconselha a adequação das salas de aula, com a redução do número de alunos em cada ambiente, assim como garantir que esses espaços estejam ventilados e arejados. Além disso, o médico frisa a importância dos cuidados durante as horas de alimentação, que geralmente acontecem entre a troca de salas ou nos horários das refeições propriamente ditas.

"Às vezes, a pessoa assistiu a aula seguindo todos os cuidados de afastamento. Mas, depois, vai para a cantina, tira a máscara e vai lanchar com os amigos; e aí, naquele momento do lanche, a pessoa acaba se contaminando", pontua o médico.

 

Estar atento é essencial

Segundo o infectologista Keny Colares, a pandemia se encontra em um momento mais favorável em comparação ao primeiro semestre de 2021. Porém, a normalidade ainda não está perto de ser atingida. Portanto, para que a volta às aulas ocorra de uma forma segura, é importante que todos ainda mantenham os cuidados de distanciamento social, higiene das mãos e utilização de máscaras.

O  rastreamento e isolamento de casos e contatos também se faz necessário, além, é claro, do contínuo progresso da vacinação.