null Ambulatório da Dor é diferencial no curso de Fisioterapia da Unifor

Qui, 15 Setembro 2022 16:06

Ambulatório da Dor é diferencial no curso de Fisioterapia da Unifor

Equipamento visa contribuir para a formação prática do estudante e para o benefício da população com atendimento gratuito e de qualidade


A professora Ana Paula Abdon orienta estudante no atendimento a paciente no Ambulatório da Dor (Foto: Ares Soares)
A professora Ana Paula Abdon orienta estudante no atendimento a paciente no Ambulatório da Dor (Foto: Ares Soares)

Podemos definir a dor crônica como aquela que se prolonga por mais de três meses, causando impacto negativo na qualidade de vida, além de transtornos laborais, como afastamentos e licenças de saúde precoces. Cerca de 45% da população brasileira convive com essa condição. É o que revela o artigo “Prevalência de dor crônica no Brasil: revisão sistemática”, publicado no ano de 2021, que incluiu 35 estudos sobre o tema. 

Para aprender a lidar com esse problema, que atinge um alto número de pacientes, alunos da Universidade de Fortaleza, instituição de ensino da Fundação Edson Queiroz, contam com um diferencial: o Ambulatório da Dor. Local onde estudantes dos cursos de Fisioterapia, Psicologia e Medicina, orientados pelos docentes da instituição, participam de atividades práticas, e, juntos, atuam em benefício da população. Atualmente, os professores Thiago Guimarães Batista, Ana Paula Abdon e Ticiana Mesquita de Oliveira Fontenele trabalham de forma coordenada na organização do projeto.

“Os ambulatórios da dor existentes em Fortaleza são direcionados para um público específico, não atendendo pacientes do SUS. Diante dessa realidade, e dispondo de infraestrutura e recursos humanos, nos unimos para ofertar à população geral atendimento interdisciplinar em dor crônica”, explica Ana Paula Abdon, docente da Unifor e coordenadora do projeto.

Criado em outubro de 2021, em consonância com a visão da Unifor em oferecer excelência em ensino superior, o Ambulatório da Dor funciona com atividades de assistência e pesquisa, realizando atendimentos para pacientes com vários tipos de dor, entre elas:

  • Dor crônica musculoesquelética na coluna;
  • Fibromialgia;
  • Artralgias/mialgias pós-covid-19;
  • Dores decorrentes da chikungunya.

Seleção de estudantes

Para atuar no Ambulatório, os alunos passam por um processo seletivo com questionário e entrevista. Eles permanecem durante um ano, em atividades de avaliação, prescrição e tratamento dos pacientes. “Realizamos discussão dos casos clínicos e leitura de artigos toda semana. No final do estágio de extensão, realizamos um evento científico que ocorre no mês de maio ou junho”, pontua Ana Paula.

Atendimento gratuito

Os atendimentos do Ambulatório da Dor são gratuitos e acontecem às segundas e quartas-feiras, das 14h às 17h. Atualmente, todos os pacientes chegam encaminhados pelos postos de saúde da capital cearense. Porém, será aberta uma lista de espera para pessoas com dor cervical, a partir de fevereiro de 2023, quando os pacientes que sofrem de dor no pescoço e nos ombros, poderão ir diretamente ao Ambulatório.

Duplo benefício 

Para a coordenadora, o projeto beneficia a população oferecendo um atendimento centrado no paciente, que respeita os aspectos biopsicossociais envolvidos na dor crônica, ao mesmo tempo em que é uma oportunidade ímpar para os discentes. “Os alunos adquirem conhecimento no manejo de pacientes com dor crônica e têm a oportunidade de participar de uma assistência interdisciplinar”, conclui.


Thiago Guimarães Batista, Ana Paula Abdon e Ticiana Mesquita de Oliveira Fontenele estão à frente do projeto (Foto: Ares Soares)

Serviço

Ambulatório da Dor
Local: Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI)
Funcionamento: segundas e quartas-feiras, das 14h às 17h
Contato: (85) 3477.3624 / (85) 9.9200-7069 (WhatsApp)