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Seg, 19 Fevereiro 2024 11:23

Orgulho Unifor: Egresso de Direito tem trabalho internacional reconhecido por Bill Clinton

Ex-presidente dos Estados Unidos agradeceu a atuação de Mateus Lins como mentor na Clinton Global Initiative University


Mateus é advogado, escritor, professor universitário e atua como gestor em projetos de impacto social (Foto: Arquivo pessoal)
Mateus é advogado, escritor, professor universitário e atua como gestor em projetos de impacto social (Foto: Arquivo pessoal)

“Liderar para transformar” é um dos preceitos que fazem parte da filosofia da Universidade de Fortaleza, mantida pela Fundação Edson Queiroz. Compreendendo a profundidade dessa visão, Mateus Lins, egresso do curso de Direito e da Pós-Unifor, lançou-se em um desafio internacional que lhe rendeu, além de uma experiência ímpar em gestão de pessoas e impacto social, o respaldo do ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton.

O líder norte-americano agradeceu em carta o trabalho realizado por Mateus como mentor para a Clinton Global Initiative University (CGIU), uma comunidade de estudantes que agem juntos em desafios urgentes enfrentados em suas próprias regiões e em todo o mundo.

“Foi um trabalho que me tocou muito pela forma como ele se conecta ao meu propósito e aos valores que carrego comigo. Receber a carta do presidente Bill Clinton é uma grande honra para mim, e um sinal de que estou seguindo no caminho certo”, declara o egresso da Unifor.


Carta de Bill Clinton exalta mentoria realizada pelo egresso Mateus Lins (Foto: Reprodução)

Confira a seguir um dos trechos traduzidos da carta:

“[...] você desempenhou um papel crucial na capacitação de nossos líderes estudantis, ajudando-os a transformar suas ideias em ação e orientando-os para os recursos de que precisam para fazer a diferença em suas comunidades, em todo o país e em todo o mundo. Sou grato por sua liderança e dedicação em proporcionar uma experiência significativa e impactante para os membros de nossa comunidade CGIU”.

Trabalho voluntário na CGIU

A possibilidade de ampliar as habilidades de liderança e o networking profissional foram alguns dos motivadores que levaram Mateus Lins a participar da seleção para a vaga.

Realizado de forma remota pelo período de um ano, o trabalho foi totalmente voluntário e consistiu em guiar um time de jovens líderes de diferentes países para desenvolverem e ampliarem projetos e ações nas áreas de educação, direitos humanos, redução de desigualdades e saúde pública.


O grupo liderado por Mateus na mentoria para a CGIU contava com 14 pessoas do Equador, África do Sul, Gana, Burquina Fasso e Estados Unidos (Foto: Arquivo pessoal)

“Guiei os jovens em suas ações, por meio de orientações em grupo e individualizadas, facilitando conexões profissionais entre eles e terceiros e fornecendo ferramentas para que eles sempre pudessem dar um passo à frente em seus projetos”, relembra o advogado.

Entre as iniciativas apresentadas durante a mentoria estavam programas para reduzir a violência contra mulheres em Quito, Equador; diminuir índices de suicídio e depressão em jovens, no Texas, Estados Unidos; promover leitura e arte para crianças na zona rural de Gana; entre outras. 

Mateus afirma que a experiência o fez amadurecer pessoal e profissionalmente. Ele conta que aperfeiçoou o domínio do inglês, esteve à frente de apresentações internacionais e treinou o próprio olhar para diferentes áreas, culturas e realidades sociais.

Ainda formou uma rede de contatos internacionais, o que lhe permitiu a construção de futuras parcerias para projetos em comum. “Tudo isso se transforma em bagagem que levarei comigo em qualquer posição que eu exerça no futuro”, comemora.


“São os jovens que vão criar as futuras gerações. É necessário que estimulemos a criação de uma cultura que os faça enxergar os problemas do presente de forma crítica e propor soluções criativas para eles. Portanto, ter jovens empenhados em causas cruciais para o desenvolvimento da humanidade é essencial para manter a nossa esperança de futuro acesa, reduzindo desigualdades e contribuindo para um mundo mais sustentável.”Mateus Lins, egresso do curso de Direito da Unifor

Unifor: espaço de possibilidades

A escolha pela graduação em Direito veio diante do ideal de buscar justiça, o que sempre moveu Mateus. Na Unifor, o jovem conta que adquiriu conhecimento técnico para atuar dentro da área de formação, assim como o desenvolvimento crítico e criativo.

Foram muitos os momentos que o egresso considera decisivos para a trajetória que vem percorrendo. Entre eles está a Oficina de Escrita Criativa, idealizada por Mateus e implementada na Unifor com o apoio da Vice-Reitoria de Ensino de Graduação e Pós-Graduação (VRE).

O projeto consistiu em encontros para discentes da Universidade e público externo, focados na construção de narrativas ficcionais. Durante as reuniões, o então estudante estimulou os processos criativos de autores participantes e os apresentou a profissionais do mercado literário por meio do próprio networking.


Durante a graduação, Mateus liderou projetos de impacto que contaram com o apoio da Unifor (Foto: Arquivo pessoal)

Mateus conta que, depois de três anos do projeto na Unifor, a oficina se espalhou por todo o Ceará por meio de parcerias com a Secretaria de Cultura do Estado e diferentes organizações privadas e do terceiro setor.

“Até o momento, a ideia já impactou mais de 350 autores em potencial, dos quais alguns já publicaram suas histórias e outros até ganharam prêmios literários. O projeto já foi apresentado em ações do World Creativity Day e da prefeitura de Fortaleza, enquanto cidade criativa da UNESCO”, detalha.

Mestres que marcam

Ao lado da Oficina de Escrita Criativa como momentos importantes para Mateus, também estão os encontros do Curso Preparatório para Estágios Jurídicos, projeto criado a quatro mãos por Lins e mais três colegas do curso de Direito: João Pedro Gurgel, Simião Cavalcante e Amanda Gomes.


Além de adquirir conhecimento técnico, Mateus utilizou a estrutura da Universidade para desenvolver habilidades de liderança (Foto: Arquivo pessoal)

A ideia foi auxiliar estudantes do curso de Direito nas seleções de estágios por meio de aulas e mentorias. O projeto ainda ajudava instituições de caridade por meio das inscrições, que eram feitas mediante doações de alimentos.

Fora isso, as apresentações no Mundo Unifor; as participações em palestras e mesas de debate; a organização do Encontro Internacional de Direitos Culturais; a defesa da monografia, ao final da graduação; e a dissertação na conclusão do mestrado também se destacam como ocasiões marcantes.


“Foi no mestrado que abri a minha mente para um ponto crucial em minha jornada de liderança: é necessário olharmos o mundo ao nosso redor além da nossa formação técnica. Nesse sentido, as artes, a sociedade e a cultura que nos cercam são fatores cruciais para que tenhamos um olhar cada vez mais aguçado aos problemas que enfrentamos. Afinal, esses elementos dialogam com as ciências, estimulando soluções criativas ou ajudando a compreender melhor situações-problemas que podem ser solucionadas por meio de métodos científicos.”Mateus Lins, egresso do curso de Direito da Unifor

“Nenhum desses momentos seria tão significativo se não fossem as pessoas que os tornaram possíveis”, afirma o advogado. Ele cita Michelle Galvão, Vanesa Batista Oliveira, Humberto Cunha Filho, Katherinne Mihaliuc, Lilia Sales e Gabriela Lima como docentes essenciais em diferentes fases do próprio caminho acadêmico.

O amigo Gustavo Nery Dutra e o grupo da graduação, conhecido como “Inocentes”, também fazem parte das memórias do campus. “Com eles e por causa deles, cada passo ganhou leveza”, frisa Mateus.


A colação de grau foi um dos grandes momentos vivenciados por Mateus durante todo o percurso em que esteve na Unifor (Foto: Arquivo pessoal)

Caminhos que se conectam

Atuando como Coordenador Jurídico da Secretaria do Turismo do Estado do Ceará, Mateus também exerce a função de professor universitário, lecionando disciplinas nas áreas de Soluções de Conflitos, Direito Civil e Processo Trabalhista. Isso, claro, sem esquecer o lado escritor.

O jovem é autor do romance “O Reino de Mira” e do livro infantil “Pingo e Malu”, além de ter feito participações em antologias. Para ele, o ato de escrever é o alicerce de todos os passos que já deu profissionalmente.

Na área do Direito, a escrita o auxiliou a se desenvolver como pesquisador e o ajuda diariamente na atuação jurídica, seja na emissão de pareceres ou na produção de peças judiciais.

Após o lançamento do primeiro livro de ficção, a escrita também o ajudou a falar em público e a ganhar confiança na forma de se comunicar, o que, segundo ele, facilita o desempenho da didática como professor universitário. 

“Para mim, todas as atuações estão conectadas. Enquanto professor, preciso estudar o Direito com o qual atuo. Enquanto advogado, preciso dos conhecimentos que repasso em sala de aula. Enquanto escritor, toda experiência que vivo diariamente me inspira a escrever ficção, sendo a escrita o grande suporte de quem eu sou”, analisa.