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Seg, 26 Setembro 2022 17:54

Profissão jornalista: Polivalente digital

Mercado demanda dos novos jornalistas uma visão cada vez mais integrada de comunicação. Curso da Unifor forma poliglotas digitais, valorizando os princípios éticos, as técnicas jornalísticas e a capacidade de gestão


A habilidade de conseguir fluir pelas diversas mídias é um aspecto cada vez mais valorizado no profissional da comunicação (Ilustração: Getty Images)
A habilidade de conseguir fluir pelas diversas mídias é um aspecto cada vez mais valorizado no profissional da comunicação (Ilustração: Getty Images)

O jornalista virou, antes de tudo, um polivalente digital. Consciente da relevância de seu trabalho para a sociedade e a manutenção da democracia – pilares inegociáveis da profissão –, ele precisa estar preparado para atuar no mundo cada vez mais conectado digitalmente.

O novo perfil profissional exige jornalistas aptos a produzir conteúdos para as mais diversas mídias e plataformas, além de construir uma capacidade de gestão que pode ser aplicada desde o planejamento de grandes histórias nas redações jornalísticas à comunicação corporativa, ou ainda ao próprio negócio.

Experimentar as possibilidades já na graduação

Foi com este universo multilinguagem que a estudante Laura Teles dos Santos se deparou logo que ingressou no curso de Jornalismo da Universidade de Fortaleza, instituição vinculada à Fundação Edson Queiroz. Os professores a estimulavam a experimentar tudo o que fosse possível e usufruir dos laboratórios técnicos e redações integradas. “Eu me apaixonei pela televisão, me admirei com o rádio e mergulhei fundo no digital”, conta.

Se durante o ensino médio Laura pensou em estudar Direito, não teve mais dúvidas quando entrou no mundo do jornalismo. “Era a graduação certa pra mim. Acho que quando estamos na escola eles focam muito em cursos clichês e esquecem que há um mundo de possibilidades. Tudo sobre o jornalismo me encanta, é uma profissão que, a cada dia que passa, se torna mais relevante e importante”, diz.

E desde então as possibilidades não faltaram. Na própria Unifor, Laura passou por todas as linguagens possíveis, além de estagiar na TV Unifor. Prestes a concluir o curso, ela está certa de que sairá uma jornalista multimídia.


"Eu já tinha noção que a estrutura da Unifor é a melhor que temos no Estado, mas só entrando aqui pra entender. Nunca pensei viver tudo o que vivi na minha graduação. Tive tantas oportunidades de estágio e trabalho,porque, além do meu esforço, vinha de uma Universidade que era reconhecida no mercado" – Laura Teles dos Santos, estudante do curso de Jornalismo

Aqui formamos gestores em comunicação

O curso de Jornalismo da Unifor sempre foi marcado pela excelência. Mas, nos últimos anos, tem investido muito mais em tecnologia para formar jornalistas poliglotas digitais, com uma grade curricular cuidadosamente pensada em atender as demandas do mercado. 

Se a tradição do jornalismo impresso já era uma realidade na universidade, o curso foi além e modernizou abraçando a convergência digital exigida pelos novos tempos. O coordenador Wagner Borges conta que o novo currículo foi pensado a partir de um diagnóstico realizado pelos professores, com muita escuta às empresas que compõem o mercado da área e consultores renomados no país.


"Nosso aluno entende como é o ecossistema das empresas. Ele não vai participar da reunião de pauta só oferecendo uma visão de pauta, mas habilitado para transformar suas ideias em um caderno ou produto. A Unifor está trabalhando esse novo profissional de comunicação"Wagner Borges, coordenador do curso de Jornalismo da Unifor

“Nós somos um curso ‘puro sangue’ de jornalismo profissional. Nosso processo começa pelo compromisso social e ético de informar”, afirma o professor. Isso está atrelado a uma matriz que inicialmente trabalha a construção do ser ético, que ocupa o primeiro ano do curso, quando o aluno é colocado dentro do ecossistema do jornalismo, da comunicação e da cidadania.

No segundo ano, este estudante começa a se instrumentalizar para os mercados. Mergulha na convergência entre rádio, TV, jornalismo impresso e web. O terceiro ano é dedicado ao manancial técnico necessário para a pesquisa e a investigação. Por fim, ao final do ciclo de formação, o estudante da Unifor ganha o DNA do Centro de Ciências da Comunicação e Gestão (CCG), onde o curso está inserido. 

O aluno é instrumentalizado para performar bem na gestão da comunicação, na gestão integrada e também na gestão do seu próprio empreendimento”, explica Wagner. O empreendedorismo, aliás, é um caminho aberto para jornalistas e comunicadores que sonham em ter sua própria empresa e seu próprio produto de informação. 

De jornalista a influencer de moda

Foi o caminho da influência digital que atraiu de vez a jornalista de moda Lígia Nottingham, egressa da Unifor. Já formada em Publicidade e Propaganda, ela havia criado um blog na área que começava a fazer sucesso, mas, quando conseguiu uma parceria com o jornal Diário do Nordeste, sentiu que precisava mesmo do aprendizado em jornalismo.

Escolheu a Unifor e não se arrependeu. “A Universidade é um lugar de transformação e não só de ensino, e nisso o Jornalismo da Unifor é nota 10”, conta. Desde que se formou jornalista, Lígia se voltou completamente para o universo digital. Hoje, trabalha como influencer, professora e escritora no perfil @gazette_digital, um guia de jornalismo de moda.

“Eu acredito que a moda pode ser mais responsável, democrática, e que a comunicação de moda pode ter muito mais conteúdo relevante do que o que têm sido feito nos últimos anos”, afirma.


"Acho que o jornalismo sempre teve o poder de influenciar. O texto e o discurso de quem está no foco da mídia sempre é visto como relevante. Agora temos mais espaço para ter um discurso livre, fazer do nosso jeito. Além disso, a internet mostrou que essa pluralidade existe e que as particularidades fazem as pessoas serem especiais" –  Lígia Nottingham, jornalista de moda e influencer

Universidade, lugar para experimentar e criar

A Unifor oferece as mais completas estruturas de aprendizagem para formar o jornalista do século XXI, independentemente da área que ele deseja atuar. Da TV Unifor ao Núcleo de Estudo e Pesquisa em Comunicação Empresarial (Nepce) e ao laboratório digital Newslink, ele poderá passar pelo tradicional jornalismo televisivo, pelas nuances da crescente comunicação corporativa e pelas múltiplas formas de contar histórias com a diversidade viabilizada pelas plataformas digitais.

Com todo esse arsenal, a Unifor está sempre pontuando bem nos rankings universitários e figurando como uma das melhores universidades em jornalismo no Nordeste. De lá, saem poliglotas digitais com capacidade de gestão para responder aos fenômenos da comunicação integrada. Ou seja, o jornalista formado pela Unifor carrega todas as competências necessárias para atuar da redação profissional à assessoria de comunicação.

“Nosso aluno fala com propriedade sobre jornalismo, assessoria de imprensa, assessoria de comunicação, gestão integrada de comunicação, marketing, gestão e compliance. O jornalista hoje precisa ter essa visão mais sistêmica”, considera Wagner.

Um laboratório para desenvolver muitos perfis

Olhando para as velozes transformações da nossa sociedade digitalizada, a graduação em Jornalismo da Unifor substituiu o antigo LabJor pelo Newslink. O ambiente é uma estrutura de aprendizagem que vai além de um laboratório de práticas e cada vez mais se configura como um veículo de comunicação integrado, que vem pautando até a imprensa local.

No Newslink, o aluno faz tudo o que for possível dentro do jornalismo: pensa a pauta, reporta, edita, grava, publica, gerencia. “Em vez de ficar atrelado a uma célula só, ele roda todo o sistema. É justamente o que o mercado quer”, explica Wagner. No laboratório, há um compromisso de gerar informação e também há espaço para o jornalismo de dados, a interpretação de gráficos e a atuação como SEO.

+ Coluna NewsLink: Laboratório é ambiente propício para desenvolvimento de habilidades jornalísticas

A iniciativa é supervisionada por uma equipe com quatro professores, dentre eles Miguel Macedo. O docente reforça a importância do laboratório como um ambiente propício para que os discentes desenvolvam suas habilidades jornalísticas.

De lá, são muitos estudantes que saem diretamente para o mercado de trabalho. “A nossa expectativa é de que os alunos, ao virem para cá, tenham essa possibilidade de se projetar para o mercado de trabalho”, afirma Miguel. O objetivo é fazer uma itinerância por setores editoriais.


"A ideia do Newslink é dar abertura para que os estudantes do curso possam experimentar o trabalho aqui dentro. A formação para eles é direta. O curso e o laboratório possibilitam que eles saiam preparados para o mercado de trabalho"Miguel Macedo, professor e gestor do Newslink

O mundo da comunicação corporativa

Amanda Ribeiro começou a cursar jornalismo em uma universidade pública, mas migrou para a Unifor por achar o curso mais adequado para ela. Chegou em plena reforma do currículo e o match foi inevitável. “Eu vi que era aquilo o que eu queria pra mim. Eram aquelas disciplinas que me fariam a profissional que eu queria ser”, revela.

Hoje, Amanda é Analista de Gente e Gestão da Ambev, atendendo clientes do Piauí, Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte e do Ceará. Na Universidade, ela já havia estagiado na TV Unifor e se arriscado na produção e reportagem.

Também passou pela TV Diário, mas se apaixonou mesmo foi pela comunicação corporativa. “Eu criei esse amor pela cultura organizacional quando fiz um intercâmbio na Disney”, compartilha. Agora na Ambev, ela se sente realizada profissionalmente.


"O grande diferencial da Unifor é que ela prepara profissionais multifacetados. Não importa onde eu queira atuar, sei que tenho a base para isso. Posso fazer comunicação dentro de uma empresa, ter minha própria empresa, estar dentro de uma redação e pensar inclusive em novos formatos de comunicação. Eu aprendi tudo isso na Unifor" – Amanda Ribeiro, jornalista egressa da Unifor

Da Unifor para o mundo

A Unifor também prepara o aluno que sonha em ser pesquisador. Prova disso é a experiência da jornalista e escritora Amanda Marques, que hoje mora na Irlanda. Amanda entrou no curso porque era muito curiosa e adorava ler e escrever. “Pesquisei sobre as universidades e vi que a Unifor tinha um curso muito moderno”, declara.

A memória mais marcante da graduação está no compromisso social – que é a espinha dorsal da profissão –, quando fez uma reportagem investigativa sobre feminicídio em uma disciplina com a professora Adriana Santiago. “Foi uma experiência que me marcou profundamente”, conta. “Tive professores incríveis na universidade”.


Amanda Marques foi a primeira estudante do Nordeste a conquistar a bolsa Haddad Fellowship (Foto: Arquivo pessoal)

A dedicação durante o curso a levou a ser a primeira estudante do Nordeste (ela nasceu em Santa Catarina, mas morava em Fortaleza desde criança) a conquistar a bolsa Haddad Fellowship para fazer o curso M.Phil em Creative Writing na Trinity College Dublin.

Amanda experimentou o jornalismo raiz, as mídias sociais, as resenhas sobre música. Hoje, ela trabalha como freelancer para uma revista de Porto Alegre, está terminando um mestrado na Irlanda e também atua como escritora criativa. É, portanto, uma jornalista multifacetada que não escolheu entre mercado e academia, mas mergulhou em ambos.