Como sair do sedentarismo pós-quarentena? Professor da Academia Unifor traz dicas

Desde que a pandemia de Covid-19 nos levou ao isolamento social, professores da Academia Unifor têm colaborado aqui no Blog Saúde com dicas e orientações sobre como praticar exercício físico em casa. A gente espera que tenha dado certo você seguir nossas aulas; mas se não tiver conseguido, não tem problema!

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Com o retorno gradual das atividades econômicas e a reabertura das academias de ginástica, que tal sair do sedentarismo e incluir uma atividade esportiva na sua rotina?

Para ajudar nessa missão pós-quarentena, conversamos com o professor e educador físico Diego Sousa, que lista alguns cuidados importantes na hora de colocar o corpo em movimento.

O que é sedentarismo?

De acordo com o professor, o sedentarismo é definido como a falta, ausência ou diminuição de atividades físicas ou esportivas.

Considerado o mal do século, (o sedentarismo) está associado ao comportamento cotidiano decorrente dos confortos da vida moderna. É muito comum ligarem a obesidade como maior impacto decorrente do sedentarismo, mas podemos elencar mais alguns como: aumento do colesterol, atrofia muscular, aumento da pressão arterial, problemas articulares, diabetes tipo 2, distúrbios do sono; problemas cardiovasculares (infarto ou AVC), entre outros”, explica Diego Sousa.

Diferente do que muitos podem pensar, o professor afirma que não há níveis de sedentarismo. “É comum encontrarmos em alguns portais referências de índice de massa corporal (IMC) como níveis de sedentarismo, sendo que a obesidade não é o único impacto ocasionado pelo sedentarismo. Desconhecemos a existência ou separação por níveis de sedentarismo; nós o identificamos como um estado, uma condição”, esclarece.

Diego Sousa completa, “cabe aqui colocarmos como exemplo duas modalidades esportivas: o sumô e o levantamento de peso olímpico (LPO). Na sua maioria, os praticantes têm o IMC elevado, mas não por isso são considerados sedentários”.

Saindo do sedentarismo

O professor lembra que um dos principais motivos para uma baixa aderência à prática esportiva, em qualquer que seja a modalidade, é a identificação.

Para superar isso, Diego Sousa orienta o aluno a vivenciar várias modalidades de exercícios físicos, para que haja uma identificação e uma compreensão da filosofia daquela prática esportiva.

"Vale explicar que exercício físico é diferente de atividade física. Exercício físico é toda modalidade sistemática, pensada e elaborada, com começo, meio e fim. Exemplos: musculação, capoeira, etc. Já atividade física é todo e qualquer movimento que tire o indivíduo do repouso, como as atividades diárias: subir escada, varrer o chão, etc".

O educador físico também indica que é preciso ter cautela com a intensidade dos exercícios. Comece com estímulos médios, passando de estímulos médios para fortes, pois eles geram adaptação. Evite estímulos muito fortes, pois esses podem causar danos, explica.

Aqui vão alguns cuidados e orientações do professor Diego Sousa para que seu retorno seja gradual e satisfatório:

  • Visite seu médico para uma bateria de exames (check-up);

  • Procure a orientação de um profissional de Educação Física para que ele adeque seu treinamento;

  • Evite cobranças exageradas sobre seu desempenho;

  • Respeite as fases do treinamento. Por exemplo: levante cargas baseadas em treinos passados;

  • Evite comparações (Princípio da Individualidade Biológica);

  • Seja disciplinado(a).


“Lembre-se que existe ciência por trás do treinamento, e que seu desenvolvimento será gradual”, finaliza Diego Sousa.