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Seg, 5 Fevereiro 2024 11:57

Já escolheu seu destino?

Da graduação à pós, alunos e egressos contam como as múltiplas possibilidades de internacionalização na Unifor os conectam ao mundo e transformam vidas


São programas, intercâmbios e missões em mais de 130 países que movimentam milhares de estudantes (Imagem: Divulgação)
São programas, intercâmbios e missões em mais de 130 países que movimentam milhares de estudantes (Imagem: Divulgação)

Eles contam que é como fazer uma travessia. Você começa animado em descobrir novos lugares, mergulhar em outras realidades globais, fazer contatos, conhecer gente, melhorar o currículo. Então você percorre muitos quilômetros — às vezes até cruza o oceano — para desembarcar em outro país. E aí vem o mergulho em diferentes idiomas e culturas para ver um novo mundo se abrir.

Dos intercâmbios na graduação às missões internacionais da pós-graduação, a experiência é uma travessia — para o conhecimento e para o autoconhecimento. Tudo é combustível para a construção de cidadãos globais e profissionais de excelência, para transformar sociedades e aguçar o saber.

Ciente de toda esta potência das experiências internacionais, a Universidade de Fortaleza, instituição vinculada à Fundação Edson Queiroz, aperfeiçoa frequentemente o seu plano de internacionalização, traçando vários caminhos para se conectar ao mundo levando entendimento sobre temáticas globais e gerando impacto.

Foi assim que a Reitoria da Unifor criou recentemente o Núcleo de Estratégias Internacionais (NEI), que elabora um plano de metas para os próximos anos com o intuito de abrir ainda mais portas. O setor reúne todas as ações de professores e estudantes no exterior e trabalha para criar pontes que viabilizam intercâmbios, missões internacionais, dupla-titulação e por aí vai.

Aqui, ganhar o mundo é coisa séria. Por isso, há possibilidades de vivenciar a internacionalização em instituições de mais de 130 países. São caminhos seguidos por pelo menos 2.000 estudantes nos últimos anos. E o trajeto inverso também é uma realidade: a Unifor já recebeu mais de mil estrangeiros no campus, que tem se preocupado em turbinar as disciplinas em inglês.

A Universidade ainda oferece programas para dar os primeiros passos na internacionalização até mesmo sem sair da instituição, adotando um estudante estrangeiro no Buddy Program, por exemplo. São experiências que contam para o currículo e para toda a vida. Vamos ganhar o mundo?

Os ganhos pessoais e profissionais de conviver em ambientes multiculturais

Aluno do último ano do curso de Direito, João Guilherme Aracena venceu o receio de sair da zona de conforto e mergulhou em dois intercâmbios na Alemanha durante a graduação. Na travessia, descobriu os tantos ganhos profissionais e pessoais de conviver em ambientes multiculturais, enquanto solidificava as bases para sua atuação no mercado de trabalho. 

A viagem veio após o estímulo de um amigo que compartilhou a própria experiência internacional, em um momento em que João Guilherme precisava de novos estímulos para seguir na Universidade. “Resolvi dar uma chance para minha internacionalização. Fui aceito para ir pela primeira vez no semestre 2020.1 para a Universidade de Fulda, na Alemanha, e posteriormente [para] Berlim, [em] 2022.2”, conta.

Foi a primeira experiência em Fulda, uma pequena cidade no estado de Hessen, que encantou João Guilherme pela hospitalidade. Dois anos depois, já no mundo pós-pandemia, ele resolveu fazer uma nova mobilidade acadêmica, desta vez na capital Berlim. Lá, viu de perto a cidade do multiculturalismo, do techno e da arte. Uma terra cosmopolita e super-habitada por estrangeiros. 

“Nas duas experiências, pude perceber que quando se convive com pessoas de todas as partes do mundo, aprendemos um pouco como cada cultura é diferente e como cada pessoa deve ser respeitada”, reflete o estudante, que dividiu apartamento em Berlim com um brasileiro, um búlgaro e um indiano.

“Todos fazíamos refeições diferentes, tínhamos religiões diferentes e certamente hábitos diferentes, mas que em nenhum momento foi impedimento para a amizade que desenvolvemos”, recorda. Ele diz que esta foi a melhor experiência que teve na vida, em todos os âmbitos: profissional, pessoal e acadêmico.

“O que aprendi na Alemanha que mudou minha visão de mundo e que carrego até hoje pode ser resumido em três palavras: resiliência, alteridade e empatia ao próximo como formas essenciais para se conviver em um ambiente multicultural. Não podemos falar em internacionalização sem incluir esses três elementos”, reflete.

> SAIBA MAIS | É sobre construir pontes e internacionalizar

Se o primeiro intercâmbio foi fundamental para olhar para si, o segundo já teve como foco o maior desenvolvimento profissional. “Acho que a experiência varia de acordo com o que cada estudante se dispõe a fazer e quais são os objetivos que ele tem com o programa de mobilidade acadêmica. A Universidade de Economia e Direito de Berlim era a instituição que ofertava as disciplinas mais compatíveis com o projeto profissional que eu tinha em mente”, conta João Guilherme.

Olhando para trás, ele diz ter certeza de que a decisão de ter essa experiência internacional contribuiu para seu crescimento profissional e solidificação do currículo. “Sempre gostei da área internacional e, ao longo dos semestres, desenvolvi interesse por desenvolvimento sustentável, muito graças à professora Dra. Gina Pompeu. Mas foi durante o período de intercâmbio — quando tive aulas de direito internacional, corrupção, economia internacional e gestão ambiental — que firmei minha área de atuação profissional nesse entorno”, explica.

Hoje ele trabalha no APSV, um dos poucos escritórios do Nordeste membro do Pacto Global das Nações Unidas, com ampla atuação no ramo internacional e empresarial. “Digo com convicção que as disciplinas cursadas e a experiência que tive foram um diferencial para conseguir chegar aonde estou”, celebra.


“A Unifor não apenas forma alunos globais, mas profissionais globais. O recém estruturado NEI é uma tradução desse esforço. Em outubro do ano passado, lançamos o programa ‘Sinergia’, uma iniciativa do NEI que reuniu alunos e colaboradores para dar início a um projeto de internacionalização da Universidade por meio da conscientização dos colaboradores da Unifor aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.”João Guilherme Aracena, estudante do curso de Direito

Ampliar a visão de mundo enquanto turbina o currículo

A estudante de Jornalismo Ísis Rebouças também resolveu atravessar o oceano em busca de conhecimento. Ela embarcou para Portugal com o objetivo de fazer parte da graduação na Universidade Fernando Pessoa, no Porto. Foi como uma viagem em busca de reencontrar também sua base familiar, repleta de multiculturalismos, que a atraiam desde sempre para além-mar.

“Venho de uma família que tem pessoas de diferentes etnias, então eu cresci nesse ambiente multinacional, com pessoas de diversos países da América Latina, de diversos países da União Europeia. Minha família é luso-brasileira por parte de pai, então ter essa oportunidade de vir estudar aqui em Portugal vai além da experiência acadêmica e profissional, de conhecer uma universidade diferente em um país diferente”, ela diz.

Ísis embarcou também para conhecer uma parte da história de sua família. “Para mim, isso é uma experiência pessoal também, muito íntima, e tem sido incrível, muito enriquecedora”, celebra. A experiência ficou viável com uma “mãozinha” da Unifor. Interessada desde sempre no intercâmbio, a aluna passou a se engajar nos programas da Assessoria Internacional desde o início do curso.

Antes de tudo, ela já havia estudado inglês em uma cidade pequena no sul da Inglaterra, chamada Swanage. Na Universidade de Fortaleza, “adotou” estudantes estrangeiros por meio do Buddy Program e iniciou a experiência de internacionalização antes mesmo de deixar o Ceará. Isso a ajudou a treinar outros idiomas, como o alemão. “Falo que a Unifor é um prato cheio para você fazer o que você quiser”, diz.

Ela deve ficar em Portugal por um ano. Por mais que ache que será importante incluir a experiência internacional no currículo e listar as habilidades adquiridas com a vivência, Ísis acredita que a maior riqueza do intercâmbio está em olhar para dentro e ampliar a visão de mundo.

“A minha capacidade de empatia, de conexão, de comunicação, minha capacidade de me conectar com pessoas de culturas diferentes, com realidades diferentes, está sendo muito mais aprimorado do que o que eu tinha vivendo na minha bolha no Brasil”, explica.

Ísis destaca que é um privilégio quando a Universidade possibilita programas e ações de internacionalização, como a chance de conhecer novas pessoas e culturas por meio do Buddy Program. Também diz ter recebido todo o suporte acadêmico necessário para vivenciar, agora, esta experiência no exterior.

A Unifor te dá diversas ferramentas para realizar os seus sonhos, atingir os seus objetivos, e nesse quesito de intercâmbio, de se tornar cidadão global, eu acho que a Unifor é muito singular”, conclui.


“Certamente é fantástico você vir para uma universidade em um país diferente, conhecer a maneira de ensino e desenvolver novos métodos de estudo, mas eu acho que a experiência pessoal e interpessoal que você pode ter com isso é muito mais enriquecedor do que propriamente só uma experiência de currículo.”Ísis Rebouças, aluna do curso de Jornalismo

Muitos caminhos te levam ao mundo 

São muitos os caminhos que levam a Universidade de Fortaleza para o mundo — e vice-versa. A Unifor possui convênio com mais de 130 instituições de ensino superior, distribuídas em 30 países, para o Programa de Intercâmbio Acadêmico. Se você deseja mergulhar nesta experiência, procure o NEI e se informe sobre as possibilidades para o seu curso.

Mas fica atento que é necessário fazer sua inscrição pelo menos seis meses antes da viagem. Se você está pensando em embarcar no próximo semestre, você tem até 31 de março. Vai deixar pro ano que vem? Anota na agenda para se inscrever de 1° de agosto a 15 de setembro.

Afinal, quais pré-requisitos é preciso ter para fazer intercâmbio?

  • Estar regularmente matriculado na Unifor,
  • ter concluído no mínimo 30% e no máximo 70% do curso,
  • ter domínio do idioma em que a aula será ministrada, conforme exigência de cada universidade,
  • comprovar rendimento acadêmico com média global igual ou superior a 7,0,
  • não ter disciplinas reprovadas no histórico acadêmico. 

São muitas formas de se internacionalizar na Unifor. Você pode se inscrever para o Buddy Program e adotar um estudante estrangeiro, com o qual pode trocar experiências e treinar novos idiomas. Também pode cursar parte da graduação em outro país (como Portugal, Colômbia e Alemanha) e garantir uma dupla-titulação.

Há ainda a chance de fazer disciplinas em inglês na própria Unifor, a primeira universidade do Ceará a trazer esta oferta para seus alunos regulares e alunos internacionais. Atualmente, os estudantes têm à disposição 28 disciplinas em inglês, nas quais os conteúdos são ministrados totalmente ou parcialmente na língua inglesa, possibilitando o exercício do idioma estrangeiro sem custo adicional. 

> SAIBA MAIS | Confira a lista das disciplinas em inglês disponíveis para o semestre

O mundo também desembarca na Unifor

A colombiana Nataly Carmona faz parte do grupo de mais de mil estrangeiros que escolheram a Unifor para a experiência de intercâmbio. Estudante de Jornalismo da Uniminuto, ela soube na sua universidade sobre a existência do programa. “Desde que comecei meu curso, meu sonho era poder fazer o intercâmbio acadêmico no Brasil e me esforcei muito esses anos para ter a média ideal para postular”, conta.

Na prática, Nataly revela que a experiência tem sido uma montanha russa. Os primeiros meses foram desafiantes porque ela não sabia quase nada de português e tinha dificuldade para entender as aulas e as pessoas.

“Todas essas dificuldades me fizeram uma pessoa otimista. Aprendi o que não sabia e o que não aprendi bem, sigo tentando. Hoje posso entender perfeitamente o que me dizem em português e sigo me esforçando para melhorar o vocabulário. Aprendi a aceitar que estar só também é confortável, mas a vida é muito melhor com amigos. Tem sido uma experiência de muito aprendizado e crescimento pessoal”, diz.


“[Os benefícios do intercâmbio é que] primeiro meu currículo terá o plus que domino a língua portuguesa. Segundo que, durante minha experiência, adquiri conhecimentos novos que o âmbito trabalhista como jornalista somam significativamente com o que aprendi na Colômbia. Minha formação profissional será mais completa.”Nataly Carmona, estudante colombiana de Jornalismo

Para Nataly, a Unifor está muito bem equipada para receber alunos estrangeiros. “Aqui tenho aprendido coisas básicas que realmente contribuem para ingressar no mercado de trabalho”, afirma. Ela recorda com carinho das atividades de boas-vindas do primeiro semestre, que contribuem para tornar a vida do intercambista mais fácil.

A internacionalização também abraça a Pós-Unifor

Os alunos da Pós-Unifor também estão ganhando o mundo, espalhando-se por vários continentes em busca de conhecimento e vivência internacional. A Universidade promove missões técnicas que visam uma vivência prática e imersiva.

Nelas, vários grupos de estudantes são acompanhados por professores experts em suas respectivas áreas de atuação. Eles conhecem novas universidades e fazem viagens incríveis, associando aprendizagem, networking e vivências em empresas e instituições que agregam valor à formação profissional.

Nesse momento, considerando especializações, mestrados e doutorados, são realizadas missões nas áreas de Direito, Comunicação e Gestão e Tecnologia, em São Paulo e Brasília, no Brasil. No exterior, as atividades acontecem em Portugal (Porto, Lisboa, Viana do Castelo, Coimbra), França (Rouen e Paris), Estados Unidos (Nova Iorque e Boston), além de outros lugares na Itália e Espanha.


“Os alunos participam de vivências, aulas teóricas e práticas em universidades e instituições renomadas, favorecendo a prática de uma segunda língua; o conhecimento de uma nova cultura; o estabelecimento de contato com professores, pesquisadores e alunos estrangeiros; além do fortalecimento de pesquisas e grupos de pesquisa em parceria.”Christina Praça, diretora de Pós-Graduação da Unifor

O mundo também vem à Pós-Unifor. Uma ponte para isso tem sido o Programa Conexões Internacionais, iniciativa lançada no ano passado. Por meio dela, são realizadas palestras em diferentes áreas do conhecimento, ministradas por pesquisadores estrangeiros que trabalham em parceria com docentes dos programas de pós-graduação e de mestrados profissionais da Universidade de Fortaleza.

> LEIA MAIS | De malas prontas para o conhecimento

Estímulo para cruzar fronteiras

Emília Mota conta que sempre sonhou em multiplicar as experiências internacionais, por isso abraçou as missões da Pós-Unifor. Ela é egressa do Mestrado em Direito Constitucional, bem como das especialização em Direito, Processo e Planejamento Tributário e em Direito e Processo Administrativo, além da graduação em  Direito. “Acho que meu currículo já diz o quanto confio e sou apaixonada pela Universidade”, brinca.

Para ela, abraçar as ações de internacionalização é uma forma de ganhar mais confiança, independência, melhorar o currículo e alavancar a carreira. “Soube [das missões] pelas mídias sociais da Universidade de Fortaleza e decidi participar, tendo em vista as minhas experiências em outras missões jurídicas nacionais de sucesso, como a de Brasília e a de São Paulo”, conta. Foi assim que ela fez as malas e embarcou na Missão Coimbra

“Nessa missão internacional, tive a oportunidade de estudar sobre Direitos Humanos na Universidade de Coimbra, em Portugal, e na Universidade de Salamanca, na Espanha. Lá, comprovei o quanto é importante ampliar horizontes e conhecer novas culturas. A troca de experiências [durante as missões] permite aprender sobre história, cultura e a arte do lugar visitado. Eu vi que aprender coisas novas todos os dias foi uma verdadeira mudança de perspectiva", diz.
 
Emília avalia que os benefícios de uma experiência como esta são inúmeros. É voltar com a mente cheia de aprendizados, momentos inesquecíveis e infinitas histórias para contar. “Foi uma experiência transformadora, conheci novos amigos e vivi momentos que me fizeram repensar quem eu sou e o que eu ainda quero aprender e vivenciar”, rememora.
 
Do ponto de vista profissional, ela acredita que foi uma grande oportunidade para construir uma boa rede de contatos e manter um bom relacionamento profissional, além de melhorar o pensamento crítico e comunicar ideias de forma eficaz.


“A Universidade de Fortaleza sempre abre portas e incentiva os seus alunos a ultrapassarem as fronteiras. Concluí a minha graduação em 2003 e nesses 20 anos vejo o quanto a instituição cresceu e incentiva os alunos para os desafios do século XXI, desencadeados pelo processo de globalização, visando a construção de sociedades mais justas, pacíficas, tolerantes, inclusivas e sustentáveis.”Emília Mota, egressa do Mestrado em Direito Constitucional

Passos novos para um campus cada vez mais global

A Universidade de Fortaleza não mede esforços para trilhar caminhos que promovam e estimulem a internacionalização. Não basta enviar e receber intercambistas, a Unifor trabalha em uma pauta global. E sabe que deve se inserir no cenário mundial enquanto parte do capital intelectual, capaz de gerar e de transmitir conhecimentos, cultura e soluções. 

O Núcleo de Estratégias Internacionais (NEI) foi estruturado para potencializar os resultados. “[Ele] foi criado para atuar como pólo aglutinador de todas as informações, projetos e ações voltadas para a internacionalização da universidade, em todos os níveis de ensino”, explica a responsável pelo setor, Gina Pompeu.

Promover ações com o objetivo de preparar docentes e corpo técnico-administrativo para inclusão no cenário intercultural e plurilíngue é um dos objetivos do Núcleo, assim como utilizar parcerias já consolidadas para fomentar ações de internacionalização conjuntas, como encontros internacionais, criação de novas redes colaborativas e consórcios; e ampliação da mobilidade de professores e pesquisadores.


“Consciente da necessidade de ampliar cada vez mais a internacionalização da Universidade em todos os aspectos, continuará o NEI a aprofundar e dinamizar as ações e estratégias que lhe competem, ao proporcionar todo o apoio necessário à inserção dos docentes, discentes e corpo técnico-administrativo nas discussões internacionais, seja dentro ou fora do campus da Universidade.”Gina Pompeu, responsável pelo Núcleo de Estratégias Internacionais e docente da Pós-Unifor