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Seg, 10 Outubro 2022 16:41

O mundo inteiro cabe num campus

Com mais de 140 acordos firmados em 30 países diferentes, a Unifor envia e recebe alunos e professores de distintas nacionalidades e abre portas para experiências internacionais e contatos profissionais em vários continentes


Estudantes estrangeiros e brasileiros compartilham espaços, experiências e diálogos por meio das pontes que a Universidade de Fortaleza oferece (Foto: Ísis Rebouças)
Estudantes estrangeiros e brasileiros compartilham espaços, experiências e diálogos por meio das pontes que a Universidade de Fortaleza oferece (Foto: Ísis Rebouças)

O mundo interconectado em que vivemos exige cada vez mais profissionais globais. É por isso que a Universidade de Fortaleza, vinculada à Fundação Edson Queiroz, abraçou com força este desafio educacional e transformou seus bosques e salas de aula em um verdadeiro campus global. 

Há espaço para o mundo inteiro na Unifor. Com mais de 140 acordos firmados em 30 países diferentes, a instituição envia e recebe alunos e professores de distintas nacionalidades, abrindo portas para experiências internacionais e contatos profissionais em pelo menos três continentes.

Desembarcar na Unifor e recalcular rotas profissionais

Foi assim que o polonês Gustaw Cieslar, de 23 anos, desembarcou no Ceará. Estudante de Comércio Exterior e apaixonado pela América Latina, ele começou a estudar português ainda durante a pandemia do coronavírus, enquanto morava na Holanda. Incentivado por um professor, decidiu em 2021 que viria fazer um intercâmbio no Brasil. Tinha como opções universidades de São Paulo e de Fortaleza.

“Optei pela Unifor por ser uma universidade muito conhecida aqui no Brasil, e também porque Fortaleza tem o estilo de vida que eu amo, com praia e sol”, conta. “Então a decisão foi relativamente fácil, né?”, ri, sentado em um dos bancos de madeira da universidade numa tarde bem ensolarada.

A vinda de Gustaw foi viabilizada por um convênio entre a Unifor e a Universidade de Rotterdam. E o intercambista está muito satisfeito com as experiências acadêmicas que vem acumulando no campus, onde cursa disciplinas que não existem na sua academia original, de Negócios Internacionais.

Gustaw conta que está trabalhando em um videocast sobre gestão de projetos, além de uma plataforma de branding para um restaurante saudável. Também está atuando na preparação de um evento que estimula estudantes da Unifor a fazerem intercâmbios no exterior para que também tenham uma experiência como a sua. “É uma forma de encontrar novas rotas profissionais”, ele diz. Todos esses projetos são desenvolvidos nas disciplinas que ele escolheu.

O polonês deve deixar o Brasil em janeiro, mas conta que ainda estuda formas de permanecer um pouco mais no país. “Eu gostaria de desenvolver meu TCC aqui na Unifor”, diz.


“A Unifor tem uma qualidade muito boa de ensino. E o campus é enorme. Adoro passar meu tempo livre aqui. Mas o que mais gosto daqui é que a Unifor sempre quer ajudar, ela não evita os problemas ou as dúvidas dos estudantes. É uma universidade que tenta nos ajudar, e eu aprecio muito isso”Gustaw Cieslar, estudante polonês em intercâmbio acadêmico

Intercâmbio, dupla titulação e um mundo de possibilidades

“Estamos sempre em busca de novos acordos para poder oferecer novas possibilidades aos nossos alunos”, conta Lina Sena, coordenadora da Assessoria Internacional e orientadora do Escritório EducationUSA/Unifor. A Universidade envia e recebe discentes por alguns semestres para estudar nas instituições parceiras, além de oferecer programas de dupla titulação em países como Alemanha, Portugal e Colômbia.

A Unifor também realiza eventos de integração, como por exemplo a Feira das Nações, que busca congregar e celebrar as diferentes culturas e contextos internacionais. O evento também é uma oportunidade para todos trocarem experiências, obterem mais informações sobre as instituições parceiras e os benefícios de estudar fora pelo Programa de Intercâmbio Acadêmico.


“Essas ações possibilitam uma troca cultural entre os alunos e professores da Unifor com alunos e professores estrangeiros. O convívio é altamente enriquecedor para ambos e vai além da sala de aula. O contato promove networking para ambas as partes e acaba criando vínculos de amizade”Lina Sena, coordenadora da Assessoria Internacional da Unifor e orientadora do Escritório EducationUSA/Unifor

Professores estrangeiros renomados

Outro passo pioneiro que a Unifor deu para converter seu espaço em um campus global foi disponibilizar disciplinas em inglês com professores estrangeiros, especialmente na pós-graduação. Hoje, são pelo menos 18 disciplinas ofertadas neste idioma, com destaque para a área de gestão.

“A Universidade de Fortaleza foi pioneira nessa questão de vislumbrar a importância de oferecer disciplinas em inglês para atrair mais alunos estrangeiros. Eles podem vir estudar aqui e sabem que terão aulas em inglês”, afirma Lina.

Ações como estas favorecem não apenas os alunos do exterior, mas também os brasileiros que mantêm contato com estudantes de vários países, ampliando seu networking internacional. Desde os anos 2000, ao menos mil alunos estrangeiros já passaram pela Unifor.


A pesquisadora estadunidense Pamela J. Surkan tem participação ativa e constante com a Unifor por meio da Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Foto: Ares Soares)

E tem mais! Além das disciplinas, a Unifor também abre espaço para receber pesquisadores internacionais renomados em eventos importantes para a comunidade acadêmica. É o caso da recente visita de Pamela J. Surkan, da Universidade Johns Hopkins (EUA), que veio à Unifor participar do VII Seminário Internacional de Promoção da Saúde neste mês de outubro.

Pamela foi bolsista do programa de intercâmbio do Instituto de Educação Internacional (IIE)-Unifor e tem colaborado com o Programa de Pós Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) da Universidade. A pesquisadora tem atuado com estudantes e professores da Unifor em vários projetos de pesquisa – todos centrados na saúde materno-infantil –, os quais inclusive já conseguiram algumas doações do Johns Hopkins Center for Global Health para seguir pesquisando.

“Atualmente estamos colaborando em um projeto qualitativo para entender a ansiedade climática em adolescentes em Fortaleza, com um atual aluno de mestrado da Hopkins com a mesma bolsa do Johns Hopkins Center for Global Health, de 3.500 dólares”, conta Pamela.

Colaboração internacional com pesquisadores de excelência

Para Pamela, a parceria entre as duas instituições tem sido uma experiência muito rica tanto para os alunos Hopkins (que puderam vir à Unifor) quanto para os alunos da Unifor, que puderam expandir suas conexões e colaborações internacionais.

“Acho que eles aprenderam uns com os outros – e nós, como professores, também aprendemos uns com os outros pela nossa colaboração. Esperamos continuar colaborando para apoiar os alunos e criar projetos adicionais para promover a saúde e reduzir as desigualdades”, considera.

Mirna Frota, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, também vislumbra as vantagens deste intercâmbio de pesquisadores, em especial, com a colaboração e publicação de trabalhos e pesquisas científicas realizados em conjunto entre eles.


“A presença de professores estrangeiros no PPGSC contribui no incentivo do mestrando e doutorando a vivenciar a realidade de pesquisas internacionais, portanto uma troca de conhecimento de excelência. Outro ponto importante é a publicação em parceria, o que enriquece a divulgação de resultados de pesquisas realizadas nos diversos cenários”Mirna Frota, coordenadora do Programa de Pós Graduação em Saúde Coletiva

Estabelecer contato com gente do mundo todo

Aos alunos de graduação, a Unifor oferece a chance desse intercâmbio cultural por meio do Buddy Program, um programa pelo qual estudantes “adotam” estrangeiros, têm acesso a novas culturas e aprendem e ensinam outros idiomas. De todas essas experiências, saem valiosas amizades, além de todos os contatos profissionais nacionais e internacionais.

É o caso da colombiana Andrea Valentina e da brasileira Victória Sarmento, cuja amizade começou graças ao Buddy Program. Andrea estudava International Business Administration e decidiu vir fazer Comércio Exterior na Unifor por um tempo. Já no Ceará, abraçou o programa Tandem, da Unifor, por meio do qual tanto recebe aulas de português quanto ensina o idioma espanhol. Tudo com a ajuda da anfitriã Victória.


“Ao final do programa, espero manter um relacionamento com a universidade através de seus diferentes canais de comunicação e continuar tendo comunicação acadêmica com os professores. Também espero continuar me comunicando com meus parceiros de intercâmbio, tanto nacionais quanto internacionais”Andrea Valentina, estudante colombiana

Desde o momento em que chegou ao Brasil, Andrea diz sentir uma grande conexão com as pessoas daqui. Ela celebra ter estabelecido diferentes relacionamentos com gente do mundo todo, conhecendo diferentes pontos de vista e criando laços que, acredita, permanecerão no futuro.

Andrea tem aproveitado para estudar português, além de participar de uma série de palestras e conferências informativas. “O programa de internacionalização da Unifor oferece diversos benefícios, como a possibilidade de compartilhar diferentes perspectivas, visões acadêmicas e interação com base nas próprias experiências, o que favorece o conhecimento e o desenvolvimento acadêmico”, revela.

Fazer amigos de todas as Américas


A estudante brasileira Victória Sarmento participa do Buddy Program acolhendo alunos estrangeiros que vêm estudar na Unifor (Foto: Ísis Rebouças)

Os benefícios são inúmeros também para Victória Sarmento, aluna do curso de Publicidade e Propaganda. A paixão pelo “mundo lá de fora” começou quando conheceu uma colega mexicana ainda no colégio. Foi daí que veio a vontade de aprender espanhol e viajar pela América Latina. O Buddy Program só a fez aumentar ainda mais a paixão pelos “hermanos” enquanto construía fortes amizades.

“O Buddy Program é muito importante ao meu ver, pois me ajuda a enxergar por outros ângulos as culturas dos estudantes intercambistas e me permite conhecê-los, amadurecendo meu desenvolvimento pessoal e profissional”, celebra.

Aprender português e fazer networking

Brandon Reinel Niño Rodríguez deixou a Colômbia e veio para a Unifor cursar uma parte da graduação em Jornalismo. Foi estimulado por uma amiga que já tinha vindo fazer o intercâmbio e, animado com o clima de calor de Fortaleza, ele resolveu vir para a capital cearense.


O colombiano Brandon Rodríguez veio à Unifor, por meio do intercâmbio acadêmico, para estudar no curso de Jornalismo (Foto: Ísis Rebouças)

Para ele, a Unifor tem um campus “incrível”, com bosques, piscinas, academia e uma infinitude de espaços a desfrutar no tempo livre, assim como o contato com a natureza e os animais. Também celebra os amigos que está fazendo no Brasil, além de mergulhar nas formas de comunicar dos jornais brasileiros e em um potente networking.

“Acho que vou manter muitos laços com os companheiros e os professores. Além disso, estou gostando muito de aprender português”, conta Brandon, que fez questão de conceder a entrevista no idioma.

No Brasil, o colombiano foi recepcionado pelo estudante Arthur Linhares, do curso de Psicologia. “Tinha vontade de participar do Buddy Program há mais de um ano, mas não pude por conta da pandemia. Este semestre pude participar com o intuito de fazer novos amigos, fazer um networking internacional, conhecer novas línguas na prática e viver essa experiência pela primeira vez”, celebra.


“A experiência nos programas da assessoria [internacional] e globalização do campus me ajudam a crescer como aluno tendo contato com pessoas de outros países, de diferentes culturas e visões diferentes de mundo”Arthur Linhares, aluno do curso de Psicologia

Um campus global traz vantagens para todos

É unânime a importância de estudar num campus global. Em um mundo que exige de nós cada vez mais que sejamos cidadãos do mundo, oriundos de países interconectados, conhecer novas culturas, falar vários idiomas e expandir as atividades acadêmicas e profissionais ao exterior só podem mesmo trazer muitas vantagens.

E para se ter noção do espaço que a Unifor vem construindo para fortalecer a internacionalização: Para além dos inúmeros programas que viabilizam essa troca cultural de seus docentes e discentes, tanto no exterior quanto no próprio campus, a universidade sedia, desde 2010, o Escritório Education USA, uma representação do governo americano.

+ 11 anos do Escritório Education USA/Unifor

Trata-se de um gabinete aberto ao público e que representa todas as universidades dos Estados Unidos. “É um escritório de informação e orientação para quem quer fazer uma graduação nos Estados Unidos, uma pós-graduação, um curso de inglês ou cursos de curta duração”, explica Lina.

Por meio dele, a Unifor também é um centro aplicador de testes internacionais e oferta a tradução certificada de documentos para fins acadêmicos. “Toda essa gama de atividades que a Assessoria Internacional faz visa oferecer aos nossos alunos a possibilidade de ter uma experiência fora”, finaliza.